O que é a síndrome pós-finasterida?
Trata-se de um termo usado para pacientes que interromperam o uso da finasterida e que reportam efeitos colaterais persistentes na esfera sexual, mental e física.
São necessários mais estudos para comprovar a existência dessa síndrome, que ainda não é considerada uma entidade clínica. Até então não foram realizados trabalhos clínicos embasados em critérios científicos, para isso o estudo deve ser randomizado, ter uma amostra variada e dispor de um grupo que use a medicação e outro que use um placebo – sem que nem os pacientes nem os médicos que deles tratem saibam a qual grupo pertence o paciente. Isso foi feito, por exemplo, para comprovar a eficácia da finasterida no tratamento da calvície masculina. Acima de 90% dos homens que utilizam a droga tiveram resultados significativos, dessa porcentagem, 48% apresentaram crescimento capilar visível, tanto a olho nu, quanto em fotografias e na contagem dos fios, e 42% apresentaram estabilidade da calvície – que deixa de progredir.
No grupo controle (aquele que usou placebo), 6% reportou crescimento capilar, 19% estabilidade da calvície, e 75% piora dela.
Não existe nenhum estudo feito dessa forma (com controle), comprovando a existência da síndrome pós-finasterida.
O filho de um médico americano apresentou sintomas de depressão severa na época em que estava usando finasterida, e parando o uso dela, os sintomas não melhoraram. O pai, juntamente com outro médico, criou a fundação da síndrome pós-finasterida, cujo site descreve que se trata de uma organização que tem por foco aumentar a conscientização geral da população sobre os efeitos colaterais dessa droga.