Shampoo para interromper a queda de cabelo
Há um shampoo que trata a dermatite seborreica no couro cabeludo e a queda de cabelo induzida por ela, além de outras alopecias, como a androgenética e a areata, muito comuns.
Normalmente shampoos e suplementos são associados a outros tratamentos, por exemplo, para resolver a perda capilar decorrente do hipotireoidismo. Nesse caso, não adianta usar shampoos, tomar suplementos e não se tratar com um endocrinologista para regularizar o funcionamento da glândula tireoide, se isso não for feito, a queda continuará. Daí a importância de buscar um dermatologista, de preferência um tricologista, caso não se saiba o motivo da queda de cabelo.
Fórmula do shampoo para tratar a queda de cabelo
A fórmula dele contém auxina tricogena 3%, bioex capilar 5%, ácido salicílico 1,5%, piritionato de zinco 2%, tintura de jaborandi 3%, e 150ml de base neutra (shampoo neutro).
Auxina tricogena
A auxina tricogena é uma mistura de extratos vegetais purificados, que estimulam as trocas metabólicas e respiratórias na raiz capilar, deixando o cabelo mais resistente, mais elástico e menos quebradiço, isso é interessante principalmente para quem prende o cabelo com frequência.
Ela faz com que o cabelo nasça e cresça por mais tempo ao invés de cair. No ciclo capilar, há duas fases importantíssimas, a anágena e a telógena, a primeira é a de nascimento e crescimento dos fios, e a segunda é a de queda deles. Para não se ficar careca, é necessário nascer e crescer mais cabelo do que cair, ou seja, a fase anágena tem que ser maior que a telógena. Porém, na alopecia, seja a provocada por dermatite seborreica, a areata ou a androgenética, a etapa telógena torna-se maior que a anágena.
Bioex capilar
O bioex capilar é um conjunto de ativos, dentre eles arnica e gema de ovo. Ele estimula a produção de queratina, e faz com que o fio de cabelo fique mais íntegro, resistente e saudável. Ele regula o funcionamento das glândulas sebáceas do couro cabeludo, controlando a oleosidade dele – o excesso de oleosidade sufoca o cabelo, que fica sem força para crescer.
Ele também é antisséptico, ou seja, inibe a produção de bactérias e fungos, que quando presentes em quantidade excessiva no couro cabeludo deixam-no muito oleoso, e isso favorece a queda de cabelo. Além disso, ele também estimula o metabolismo celular, ou seja, a proliferação de células germinativas na raiz capilar, responsáveis por produzir os fios de cabelo.
Ele também inibe a ação da enzima 5-alfa redutase, que converte testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), que miniaturiza os fios, deixando-os mais finos e quebradiços. Na alopecia androgenética, mais comum em homens, mas que também acomete mulheres, a cabeleira nem sempre está reduzida em quantidade, mas em volume. Assim, o bioex capilar tem a mesma função da dutasterida e da finasterida.
Alguns problemas de saúde, como o hipotireoidismo, comprometem a oxigenação do couro cabeludo, o que acaba levando a queda capilar. O bioex capilar estimula a circulação sanguínea periférica, melhorando a oxigenação do couro cabeludo.
Dependendo da causa da queda capilar, por exemplo, se por hipotireoidismo, o cabelo, além de cair muito, fica ressecado e quebradiço. O bioex capilar melhora a textura dos fios, deixando-os mais macios.
Piritionato de zinco
O piritionato de zinco é um fungistático, ou seja, ele inibe a reprodução fúngica e assim controla o excesso de oleosidade no couro cabeludo – comum na dermatite seborreica –, e a queda de cabelo provocada por isso.
Ácido salicílico
Se o indivíduo interromper o uso do piritionato de zinco, os fungos continuarão a se reproduzir e causar prejuízos. Já o ácido salicílico é fungicida, ele não apenas inibe a reprodução de fungos, como mata-os, e assim controla o excesso de oleosidade (que por sufocar o folículo piloso ocasiona queda de cabelo) no couro cabeludo.
Dependendo da concentração, o ácido salicílico ajuda a regenerar a pele do couro cabeludo, deixando-o mais resistente. Quanto mais tempo esse ácido ficar em contato com o couro cabeludo melhor, pois aquele fará uma espécie de esfoliação neste, o que levará a regeneração celular. Porém, quem tem alergia, por exemplo, ao AAS (mesmo esse sendo de ingestão via oral, e não tópica), não pode usar ácido salicílico. O que se usa na pele, também gera resposta alérgica sistêmica, já que a substância atinge a corrente sanguínea.
Tintura de jaborandi
Muito usada em formulações de shampoos e condicionadores, a tintura de jaborandi tem um agente parassimpatomimético – que mimetiza a função do sistema nervoso parassimpático – chamado pilocarpina, que estimula as células do couro cabeludo, tonificando-o, deixando-o mais resistente, e fazendo com que o cabelo nasça mais forte, além de combater o excesso de oleosidade (a seborreia) e aumentar o brilho dos fios.
Como usar o shampoo
Para quem tem dermatite seborreica, o ideal é lavar os cabelos todos os dias – ou pelo menos três vezes por semana –, de preferência de dia, de maneira que os fios possam secar naturalmente, assim evita-se o uso de secador, que se utilizado muito frequentemente também estimula a queda capilar, pois remove a oleosidade natural do couro cabeludo – porém, usar ocasionalmente o secador não causa problemas.
Esse shampoo deve ser usado no mínimo três vezes por semana, e ao utilizá-lo deve-se massagear o couro cabeludo (sem usar as unhas para isso), o que é importante para a hiperemia, ou seja, o aumento da circulação sanguínea local, facilitando a permeação dos ativos no couro cabeludo.
Deixe o shampoo agir por cinco a dez minutos. Ele também pode ser utilizado nas sobrancelhas, porém, como tem ácido salicílico na composição, se escorrer nos olhos irá causar muito ardor neles – se isso acontecer lave a região com água corrente em abundância.
Depois de utilizar o shampoo, enxague o cabelo com água morna ou fria, e para quem tem cabelo comprido e usa cremes ou condicionar, aplique-os da metade do fio para as pontas dele, nunca na raiz, isso vale principalmente para quem tem dermatite seborreica, pois estimula a oleosidade do couro cabeludo.
Desembarace com pente de dente largo os fios, das pontas para a raiz – nunca o contrário, isso diminui a tração sobre os cabelos e a queda consequente dela –, madeixa a madeixa, debaixo do chuveiro.