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Romã: características
O nome científico da romã é Punica granatum. É originária da região mediterrânea da Europa, e depois se difundiu pelo mundo todo. No Brasil, é uma planta muito procurada e utilizada nas ceias de natal. Tradicionalmente, as pessoas fazem simpatias com a semente de romã.
Usos populares da romã
Popularmente, a romã é muito utilizada para inflamações, principalmente da boca e garganta (como gengivite e amidalite), na forma de gargarejos e bochechos com o chá feito com as cascas da romã.
Outra forma de utilizar a romã é mascar um pedaço da sua casca, que é bem amarga. Tanto mascada, quanto na forma de chá, a romã é eficiente para problemas de cáries, gengivite e aftas na boca.
Existe uma tradição popular de, com o suco retirado das sementes de romã, fazer colírios para reverter processos de catarata. Porém, não foram encontradas informações científicas sobre essa atividade.
As cascas, tanto do tronco quanto da raiz da romã, são consideradas um excelente vermífugo, muito utilizadas para vermes chatos como a tênia (solitária). Os extratos dessas partes da romã são bastante reputados popularmente para conter diarreias, disenterias e desarranjos intestinais.
Na forma de banho de assento (manter-se sentado em uma bacia com o chá bem forte de romã durante algum tempo), ela é muito utilizada para problemas vaginais, como corrimento vaginal, candidíase, vaginite e outras infecções possíveis do sistema genital feminino.
Toxidade da romã
A romã não deve ser utilizada em grande quantidade. Para fazer o chá com a casca, deve-se utilizar uma colher de sobremesa de casca picada para cada xícara de água. Ferva durante 2 minutes e deixe descansar 5 minutos.
Para fazer banhos de assento ou lavar feridas, pode-se fazer um chá mais forte. Para uso interno, a medida deve ser sempre controlada.
Os tratamentos com romã não devem ser feitos por períodos muito longos. Fazer um tratamento de 1 ano, por exemplo, não é recomendado.
Ela pode causar algum tipo de intoxicação no corpo. O excesso de romã, principalmente da sua casca, pode trazer efeitos colaterais para o sistema nervoso, causando até mesmo paralisia dos nervos motores (que fazem os movimentos), e, em alguns casos muito graves, pode levar à morte por parada respiratória.
Para crianças menores de 12 anos, é possível fazer bochechos, gargarejos, lavar feridas e fazer banhos de assento, mas elas não devem tomar romã internamente. Mulheres grávidas também não devem tomar o chá de romã e, se quiserem fazer algum tipo de tratamento, devem procurar uma planta alternativa.
Benefícios da romã
Ação antioxidante
Antioxidantes combatem radicais livres, melhorando inflamações, melhorando doenças inflamatórias e evitando o câncer e o envelhecimento.
O suco do fruto da romã, feito com as sementes, assim como os extratos da casca dela, tem uma ação antioxidante eficiente, e é utilizado, por exemplo, para controles inflamatórios.
Pigmentação da pele
Em alguns experimentos, uma pomada feita com o suco da romã, aplicada sobre a pele, teve uma ação revertendo situações de despigmentação da pele, como vitiligo ou áreas despigmentadas após a cicatrização.
Ação antitumoral
Os extratos da casca de romã tiveram uma ação em evitar o desenvolvimento das células cancerosas de diversos tipos de câncer, entre eles o câncer de mama, o câncer da próstata e a leucemia.
Controle da obesidade
O uso do pó feito com a casca do fruto da romã teve uma ação controlando os níveis de glicemia no organismo. Quando uma pessoa tem uma dislipidemia (um excesso de gordura, colesterol e triglicérides no organismo), o pó da casca da romã tem uma ação eficiente em controlar esses níveis.
O extrato alcoólico feito com a casca pode ter essa ação. A pesquisa foi feita com o pó da casca da romã, estudando a possibilidade de criar um complemento nutricional, mas a casca, de modo geral, tem essa ação.
Controle da diabetes
Para quem hiperglicemia ou diabetes tipo 2, o pó feito com as sementes de romã (torradas e trituradas) tem a capacidade de, no prazo de 12 horas, reduzir em 50% o nível de glicemia.
As flores da romã, na forma de extrato alcóolico ou chá, têm também a atividade de estimular o processamento de açúcares no organismo, prevenindo a hiperglicemia ou a diabetes tipo 2.
Proteção do fígado
O extrato feito com as flores da romã teve uma ação protetora do fígado e preventiva do câncer. O fígado foi atacado com substâncias tóxicas, inclusive cancerígenas, e no prazo de 52 dias não houve danos ao fígado pois estava sendo aplicado o extrato feito com as flores da romã.
Pedras nos rins
A casca da romã demonstrou uma capacidade de aumentar a eliminação de sais e cristais pela urina. Em pessoas que têm um problema crônico de pedra nos rins (que, mesmo após serem expelidas ou removidas cirurgicamente, acabam voltando), há um acúmulo de sais e cristais nos rins, o que vai causando a agregação deles e a formação das pedras.
Utilizar o chá da casca da romã reduz expressivamente as chances da pessoa ter um cálculo renal.
O uso do extrato ou chá das flores da romã tem uma ação protetora dos rins e, em casos de insuficiência renal, é estimulante dos rins, reduzindo os efeitos negativos da insuficiência renal para o organismo.
Controle da pressão arterial
O suco da romã tem uma excelente ação de controle da hipertensão arterial.
Prevenção e tratamento de inflamações intestinais
Colites ulcerativas são inflamações que formam feridas dentro da parede do intestino. Nesses casos, o uso dos extratos da casca da romã teve uma ação anti-inflamatória, cicatrizante e preventiva da colite ulcerativa.
No experimento que foi feito, as cobaias tomaram produtos químicos que causavam colite ulcerativa. Aquelas que tomavam os extratos de romã não tiveram a colite ulcerativa, ou tiveram uma colite ulcerativa muito mais suave.
É possível tomar o chá de romã como um preventivo e resolutivo para casos de inflamações intestinais.
Ação antibiótica
A romã tem uma ação antibiótica eficiente.
A Candida albicans é um fungo muito forte e difícil de combater, causador da candidíase nas mulheres e crianças (o “sapinho”). O extrato das folhas frescas da romã teve uma atividade mais eficiente contra a candidíase do que os antibióticos comerciais utilizados para a candidíase.
As folhas da romã, na forma chá e banhos de assento, podem ser utilizadas para combater a candidíase.
O extrato da casca do fruto da romã também demonstrou excelente ação antibiótica contra vários tipos de bactérias e fungos que causam problemas no organismo.
Ação antiviral
O extrato das cascas da romã demonstrou uma excelente atividade em impedir a replicação, e até mesmo causar a morte, do vírus causador do herpes genital.
Quem sofre de herpes genital pode tomar o chá e fazer banhos de assento com a casca da romã.
Outro estudo foi feito com um dos vírus da gripe humana. Os extratos de romã demonstraram uma excelente ação em inibir a proliferação do vírus. A pesquisa ainda sugere o uso do extrato da casca da romã como medicamento profilático em casos de epidemias de gripe (como a gripe aviária e a gripe suína) para evitar o crescimento dessas epidemias.
Antisséptico bucal
Contra bactérias orais, o extrato da casca da romã foi muito eficiente evitando a formação de placa bacteriana. O chá feito com a casca da romã tem uma atividade antisséptica bucal, e pode ser utilizando no bochecho matinal, evitando, assim, a formação de placa bacteriana e de cáries. A romã se mostra muito útil no tratamento preventivo de problemas odontológicos.
Ação antidiarreica
O extrato da casca e o pó produzido com as sementes de romã demonstram excelente ação em combater diarreias e disenterias.
Ação cicatrizante
É possível lavar feridas com o chá ou com algum tipo de extrato feito com a casca da romã.
Foi feito um experimento transformando o extrato da casca de romã em pomada para verificar sua ação sobre a regeneração dos tecidos em casos de feridas e queimaduras. A romã acelera a regeneração dos tecidos, até em feridas difíceis de cicatrizar, e tem ação antibiótica, combatendo inúmeras bactérias e fungos que têm a capacidade de causar infecções nessas feridas.
Ação anti-inflamatória
As cascas da romã têm uma excelente ação anti-inflamatória, inclusive contra doenças inflamatórias crônicas, como artrite e osteoartrite.
Controle de fungos e insetos em pés de romã
Em pés de romã de maneira geral, como no caso da romã gigante, quando aparecem manchas pretas nos frutos, elas certamente são causadas por fungos.
Recomenda-se usar algum fungicida, de preferência orgânico, como o sulfato de cobre, a calda bordalesa ou a calda viçosa, que devem surtir um bom efeito sobre essas manchas.
No caso de insetos, somente inseticidas terão um bom efeito. Já existem inseticidas orgânicos no mercado. Se a pessoa não conseguir encontrar um inseticida orgânico em sua região, pode usar SBT ou qualquer outro inseticida spray.
Ensacar as plantas com um saco de papel à prova d’água ou com um saco de TNT, enquanto elas estão bem pequenas, talvez resolva o problema das manchas e vai controlar o ataque dos insetos.