Como ocorre a presbiopia
Presbiopia é uma disfunção visual que acomete pessoas com mais de quarenta anos de idade.
O olho, assim como a máquina fotográfica, é uma câmera que capta imagem. Com este artefato, é preciso usar focos diferentes para longe e para perto. Quando se fotografa uma paisagem, como rios e montanhas, foca-se longe, porque, perto, ela sai do foco. Se o foco é perto, como o rosto de uma pessoa, o que está distante é que fica fora de foco. Na máquina, há um mecanismo de ajuste na lente. Dentro do olho, temos uma lente natural, o cristalino, que assume essa função, de acordo com a movimentação.
Com o envelhecimento, o cristalino vai perdendo essa capacidade e passa-se a precisar de óculos. Mesmo quem nunca teve necessidade de óculos na vida, depois dos quarenta, quarenta e quatro anos, vai precisar deles para enxergar de perto, e quem já os utiliza, por ser portador de miopia, astigmatismo ou hipermetropia, vai necessitar de grau diferente para perto.
Tabela de adições
A diferença entre o grau de longe e o de perto é chamada adição que algumas fórmulas optométricas demonstram.
Pacientes que têm, para longe, +1 no olho direito e +1,5 no esquerdo, para perto, têm +3 no olho direito e +3,5 no esquerdo. A diferença de +1 para +3 são dois graus, duas dioptrias, então adição 2. No olho esquerdo, repete-se, porque +1,5 +3,5 chegam à adição 2.
Os graus podem ser distintos, porém a adição, diferença entre eles, quase sempre é igual para os dois olhos. Os casos diferentes são raríssimos e baseiam-se em outras razões.
Se o oftalmologista ou o optometrista não mencionar a adição, é possível sabê-la pela diferença dos graus.
O grau de longe pode ser de miopia, cujo sinal é negativo, e a adição, sempre positiva. Se o grau for plano, 0 grau para longe, o grau de perto sempre será positivo. Se o grau de longe for positivo, o de perto será mais positivo ainda. Se o de longe for negativo, o de perto poderá ser positivo, 0 ou negativo, porém sempre menos negativo que o de longe, sempre para o lado positivo.
Se um paciente tem, para longe, -1,5 e, para perto, 0 no olho direito, tem-se a adição 1,5, diferença do grau de longe para o de perto, sempre no sentido positivo. Se no olho esquerdo, ele apresenta, para longe, -2,5 e, para perto, -1, a diferença é 1,5 também.
Em um míope e astigmático, para longe tem-se, no olho esquerdo, -1, -0,50, eixo 90, posição do astigmatismo. Aí se indica adição 1,75. Então, -1 com adição 1,75, o grau de perto será +0,75. O cilindro sempre permanece igual, com o mesmo grau e o mesmo eixo. No olho direito, tem-se -1,75 com astigmatismo de -1 eixo 180. Então, -1,75 com adição 1,75, o grau de perto é 0, chamado, em ótica, de plano, sem grau. Repete o grau do astigmatismo e o eixo.
Para facilitar, quando o profissional indica o grau de longe e o de perto, a adição é a diferença entre eles. Se se tem o grau de longe e a adição, a diferença será o de perto.
Os especialistas têm uma tabela. Recortam-se todas as partes dela, contornando a linha. Corta-se uma parte do contorno e elimina-se a parte interna, onde se localizam os X, e ela então fica vazada.
A primeira linha da tabela indica o grau de longe, e a última linha, o de perto, com o valor da adição em cada casa.
Se o grau de longe é 0, a pessoa não é emétrope, entrou na presbiopia, adição 2 e grau de perto, 2. Se for adição 3, o grau de perto será 3. Se tiver grau de longe +1 com adição +1, o grau de perto será 2. Em +1, adição +2,25, o grau de perto será 3,25. O grau de longe negativo, -1,25 (miopia), se for adição 1, o grau de perto será -0,25. Com o grau de longe -1,25 e adição 1,25, o grau de perto é 0. Com grau de longe -1,25 com adição 3, tem-se -2,75 de perto, e assim por diante. Basta usar a tabela, que é possível plastificar.
O que é presbiopia
A presbiopia é uma disfunção visual que acomete pessoas por volta dos quarenta anos de idade, quando o cristalino, lente natural do olho, começa a perder a função e, por isso, quem nunca usou óculos tem necessidade de grau para ver de perto e quem já os utiliza, de grau diferente, também para perto.
O olho é uma câmera, que, como a fotográfica, capta imagens. Quando se tira uma fotografia de longe, como de mares, montanhas e florestas, usa-se foco para longe, consequentemente, o de perto fica sem nitidez. Ao contrário, quando se quer focar o que está perto, como o rosto de alguém, a imagem distante fica fora de foco. Assim ocorre também com os olhos, embora não se perceba, porque é automático.
O que executa isso é o cristalino, que muda de forma e, por conseguinte, o poder dióptrico, o grau, ajustado para longe ou perto. Quando se é présbita, esse acerto se faz nas lentes dos óculos ou nas de contato, não mais no cristalino.
Quem já usa óculos vai precisar de graus diferentes e pode optar por lentes multifocais ou bifocais, estas, com traço divisório, hoje ultrapassadas. As modernas multifocais free-form, sem mais linha divisória, progridem suavemente do grau de longe ao de perto.
Reconhecendo o grau de presbiopia
Reconhece-se um présbita pela receita, em que se leem o grau de longe e o de perto.
Quem tem visão boa, o emétrope, quando entra na presbiopia, terá grau 0 nos dois olhos para longe, e o de perto, por exemplo, será de +1,25. Nesse caso, não se menciona adição, diferença entre o grau de perto e o de longe.
O profissional pode indicar apenas a adição em vez do grau de perto, que se deve descobrir. Por exemplo, em +1 grau para longe no olho direito e +1,5 no esquerdo, a adição para perto é 1,5. Os graus de olho esquerdo e direito são diferentes, porém a adição é a mesma para os dois olhos. A diferença, não o grau, sempre será igual em quase todos os casos. Dessa forma, aqui, o grau para perto seria +2,5 no olho direito e +3 no esquerdo.
A adição sempre será positiva. Se tiver 0 grau de longe, com adição 1,5, o de perto será 1,5.
Se o grau de longe for plano, o de perto sempre será positivo. Se o de longe for positivo, o de perto será mais positivo ainda. Se o de longe for negativo, por exemplo, -1,5 no olho direito e -1, no esquerdo, com adição de 1,5, tem-se a diferença de 0 grau para perto no olho direito e +0,50 no esquerdo.
Se alguém tem grau negativo para longe, como os míopes, pode ter o grau de perto 0, positivo ou negativo, mas menos negativo.
Esse mesmo indivíduo, com adição +1, teria, no olho direito, -0,50, ou seja, menos negativo, e o grau do olho esquerdo seria plano.
Tabela de adições
Algumas pessoas, principalmente quando começam a trabalhar com óptica, têm dificuldade em saber qual é a adição quando o optometrista indica o grau de longe e o de perto ou qual é o grau de perto quando há adição.
Para facilitar isso, criou-se a Tabela de Adições, que vem com o material didático do consultor, numa folha A4. Recorta-se o contorno das três partes da tabela, a menor (onde estão marcados os X), de forma vazada.
Num quadro, acima da tabela menor, está escrito grau de longe e, abaixo, grau de perto. Há várias opções, porque existem várias adições e, para cada uma, determinado grau de perto.
Quando se tem o grau de longe 0, plano, e adição 1,25, o de perto será +1,25. Se tiver a adição 2,5, o de perto será +2,5. Se tiver grau positivo, +1 para longe, todas as opções serão positivas. Com adição 1, o grau de perto será 2. Em +1 com adição 2,25, o grau de perto será 3,25 e assim por diante.
Em grau negativo, por exemplo, -1,5 para longe, e adição 1, o de perto será -0,50. Se a adição for 1,25, o grau de perto será -0,25; se -1,5 com adição 1,5, o de perto é plano, 0; em adição 2,5, com -1,5 para longe, o de perto será +1 e assim sucessivamente.
A tabela simplifica muito o trabalho dos profissionais, que podem sugerir as lentes multifocais de acordo com o grau de perto e o de longe, mesmo que o médico tenha indicado só o de longe e a adição, e detectar a adição se prescrição foi apenas grau de longe e de perto.