Tabagismo como fator de risco para a cirurgia plástica
O tabagismo é prejudicial em muitos sentidos, e não é diferente com a cirurgia plástica. O cigarro e os seus componentes têm uma ação vasoativa muito importante: eles agem na circulação periférica do corpo. Cada cigarro provoca alguns minutos de vasoconstrição, ou seja, a pessoa tem uma irrigação menor nos tecidos da periferia.
Em uma cirurgia plástica, na qual o foco é prioritariamente a pele ou o tecido embaixo da pele, é necessária uma circulação sanguínea muito eficiente para a cicatrização acontecer, e o cigarro faz exatamente o contrário, diminuindo o fluxo do sangue naquela região que precisa cicatrizar, atrapalhando o processo cicatricial.
Além da cicatrização, a oxigenação do sangue fica prejudicada e muitas vezes o paciente tem dificuldades no pós-operatório por conta de um enfisema pulmonar ou alguma alteração já causada pelo cigarro.
Um paciente que é candidato a fazer um procedimento estético ou, muitas vezes, um procedimento corretivo, tem que ter em mente que o tabagismo é a antítese disso tudo. É um motivo, inclusive, para ele pensar em abandonar esse hábito. Se isso não for possível, a indicação é pelo menos diminuí-lo ao máximo imediatamente antes da cirurgia e logo após a cirurgia. Se puder eliminar o hábito do tabagismo, é muito melhor.