Características do maxixe-bravo
A Cucumis dipsaceus, conhecida na região Nordeste como “maxixe-bravo”, ou “pepino-bravo”, é uma planta do gênero Cucumis e da família botânica das cucurbitáceas – uma família muito conhecida, a mesma do melão, da melancia, da abóbora, do pepino e do maxixe. É muito parecida com o maxixe.
É uma planta africana, originária da Etiópia, e distribuída em países vizinhos, como Quênia, Uganda, Somália, Tanzânia, entre outros. No Brasil, ela ocorre muito mais na região Nordeste, principalmente nos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe.
Ela tem espinhos frágeis, semelhantes a pelos. Não é uma planta comestível, mas se trata de uma planta medicinal e tóxica.
É uma planta antioxidante, analgésica e anti-inflamatória. As folhas e as raízes são usadas como medicamentos na farmacopeia popular, e o seu fruto é utilizado por tribos africanas como antídoto contra venenos de cobras e de outros animais.
Diferenças entre maxixe-bravo e pepino-de-São-Gregório
Existe uma planta muito parecida com o maxixe-bravo, chamada pepino-de-São-Gregório (Ecballium elaterium), que é muito tóxico e muito perigoso. Essa planta se difere do maxixe-bravo pois não tem “gavinhas” – filetes de folhas transformadas que servem para fixar a planta.
O maxixe-bravo é uma planta trepadeira que, não encontrando suporte para fixação, se espalha pelo chão. Geralmente suas ramas têm 2 metros de comprimento.
O pepino-de-São-Gregório tem um fruto que libera a semente quando ele se separa do pedículo da flor.
Por ser uma planta tóxica, não se recomenda consumir o maxixe-bravo.