Cirurgia plástica: limites
Existe limites éticos e estéticos para a cirurgia plástica, e uma coisa está muito ligada à outra. Como limite, utiliza-se o bom-senso – tanto por parte do paciente quanto por parte do cirurgião. A obrigação do cirurgião, muitas vezes, é a de fazer o paciente entender que o que ele pretende fazer está fugindo de algum limite. Nesse sentido, o cirurgião tem quase que a obrigação de dizer não ao paciente em determinadas situações.
O cirurgião deve oferecer algo realmente bom ao paciente, e deve ter isso em sua consciência. Em determinadas situações, o cirurgião já percebe que o paciente está buscando algo inatingível, ou que os problemas que ele traz e relaciona com aquela queixa na verdade têm outras dimensões, outras razões e outras possibilidades nas quais o cirurgião não irá atuar. Portanto, aquele paciente nunca vai estar feliz.
A limitação do cirurgião deve ser sempre o bem-estar do paciente. A partir do momento em que o cirurgião não está mais proporcionando uma melhoria, um bem-estar, para a paciente, é a hora de dizer não.