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Tipos de lentes híbridas
Quando se fala em lentes híbridas, pode-se pensar em dois tipos: aquelas cuja parte central é rígida e a aba, gelatinosa, e as de material híbrido.
As primeiras são mais difíceis de encontrar. Alguns laboratórios pretendem fabricá-las, alguns afirmam que as tem, mas é difícil consegui-las. Já da segunda existem vários modelos.
Indicação de lentes híbridas
Determinados usuários de lentes rígidas, no início, se queixam de incômodo, também a principal razão para o abandono delas. Se, no começo, se lograr oferecer conforto ao paciente, muitas vezes até psicológico, ele pode voltar a usá-las novamente.
A indústria sempre inventa novos materiais para tentar dar melhor acuidade visual, maior comodidade e implicar menor número de complicações. Desenvolveram alguns que reúnem as propriedades das lentes rígidas com as das gelatinosas. O resultado não é 100%, mas ajuda até certo ponto.
Classificação das lentes
Até há algum tempo, as lentes classificavam-se em rígidas, permeáveis aos gases ou não, e gelatinosas, hidrogel ou silicone hidrogel. Hoje existe o material híbrido, com flúor silicone e composição hidrofílica hidratada.
Quando a lente está sem hidratação, a lente é rígida simples, sem muita diferença; somente dentro dela há os componentes gelatinoso e rígido. Quando ela está hidratada, a parte hidrofílica expande-se e as que encostam mais no olho ou na pálpebra funcionam como coxim, proporcionando um pouco de conforto.
Adaptação com lentes híbridas
Em um trabalho de 2007 da Escola Paulista de Medicina, verificou-se que, mais ou menos nos primeiros quinze dias, tanto para pacientes com ceratocone como para aqueles com astigmatismo miópico composto, a lente de material híbrido ajudou na melhora, porém, depois disso, não há diferença de se utilizar uma lente rígida gás permeável ou uma de material híbrido. Entretanto alguns oftalmologistas verificaram, que, na prática, até psicologicamente, as híbridas dão um pouco mais de conforto.
Algumas pessoas que usam material híbrido, se lhes oferecem lente de silicone hidrogel, preferem o primeiro e dificilmente aceitam DK 90, DK 92 ou qualquer outra dessas.
As lentes de material híbrido, que se podem confeccionar em qualquer desenho, esférica, asférica, Soper ou tórica, recomendam-se para quem está adaptando-se ou para quem não consegue aplicá-las, em razão do conforto.
Lentes híbridas indicam-se quando, no exame, constata-se muito incômodo, como em pacientes que, ao colocá-las, ficam mexendo nelas o tempo inteiro ou não conseguem abrir os olhos, ficam tentando abri-los mais ou arregalá-los.
O teste detecta que a pessoa não está sentindo-se bem com as lentes. Certos oftalmologistas pensam em utilizar anestésico para a adaptação delas. Nesses casos, pode-se tentar a híbrida no começo, ou então uma lente a cavaleiro, que a tranquilize mais.
Dificilmente quem não se adapta facilmente vai habituar-se a uma lente rígida. Deve-se conversar com o indivíduo sobre as possibilidades e informá-lo de que, devagar, ele conseguirá utilizar lentes.
Alguns pacientes na fila de transplante de córnea, quando esse procedimento demorava até um ano e meio para se realizar, solicitaram lentes de contato para enxergar durante essa espera e, após adequar-se a elas, desistiram do transplante.
A conversa com a pessoa muitas vezes induz à boa adaptação, com lente híbrida ou não.