Tipos de lentes de contato
As lentes de contato, de que há vários modelos, são próteses transparentes que se usam no lugar dos óculos para correção de defeitos visuais ou apenas para fins estéticos.
Apesar do nome, elas não encostam na córnea; o filme lacrimal separa-as dela, porque precisam movimentar-se, não podem ficar presa. Fabricam-se de diversos materiais: uns rígidos, as fluorcarbonadas; outros à base de polimetilmetacrilato, as gelatinosas, para casos e doenças diferentes ou para quem não é portador de patologia, mas precisa de grau.
Miopia, hipermetropia e astigmatismo não são enfermidades, são formas do olho, que podem ser genéticas e precisam de retificação proveniente de óculos, lentes de contato ou cirurgia.
Muitos optam pela operação, mas é preciso estudar essa córnea para avaliar se é possível.
Indicação do uso de lentes
Para lentes de contato, um aparelho chamado ceratômetro analisa a córnea para detectar se a pessoa pode utilizá-las e infere a medida dessa córnea para determinar a lente adequada. Esse mecanismo só um médico pode aplicar, por isso lente de contato é ato médico. Se um leigo o fizer ou adaptar uma lente, estará fazendo exercício ilegal da medicina.
Antigamente, quando se operava catarata, como não havia lente intraocular (que se coloca dentro do olho), a lente de contato desempenhava esse papel. Para algumas patologias, para não se recorrer aos óculos, recorria-se às lentes que, por fazerem parte do olho, corrigem o grau, aperfeiçoam a visibilidade e ampliam o campo de visão.
Muitas vezes quem tem um grau muito alto, com óculos só enxerga bem o que está à frente. Para ver a lateral, precisa virar pescoço. A lente de contato proporciona elimina esse problema.
Escolhe-se o material conforme o grau e o distúrbio. Ceratocone, disfunção da córnea, deve reparar-se com lentes rígidas, porque há um cone diante da córnea que só elas podem fazer ficar na parte anterior do olho, as gelatinosas não o conseguem.
Para saber se se podem usar lentes de contato, é indispensável consultar um oftalmologista. Parece simples o procedimento, mas não é possível empregar uma lente qualquer. Verifica-se a curvatura da lente e do olho, testa-se a lente para constatar se a lágrima entre ela lente e o olho é de boa qualidade, se não toca a córnea, este o maior problema porque pode produzir erosão.
Hoje, com a qualidade das lentes e os materiais variados, 99% dos indivíduos podem utilizá-las. A pacientes com alergia muito grande elas não são recomendáveis, visto que qualquer produto químico os incomoda em razão de estimular essa reação, porém nos que a têm pouca é possível controlar.
Cuidados no uso das lentes
O mau uso das lentes pode levar a alguns transtornos e até mesmo à perda da visão. Alguns fatores contribuem para isso não ocorrer: lavá-las todo dia, limpar corretamente o estojo delas, não nadar nem dormir com elas. Quanto a esse último ponto, o peso das pálpebras sobre elas leva-as a encostar na córnea.
O não nadar deve-se não só ao cloro, que fica impregnado nas lentes e irrita os olhos até elas serem limpas, mas também ao risco de contaminação da piscina cuja água pode estar visualmente limpa, mas conter bactérias chamadas acanthamoebas, causadoras de úlceras que perfuram a córnea, são difíceis de eliminar e provocam muita dor e muito desconforto. Transplantes de córnea realizaram-se pela má combinação de lentes com esses microrganismos.
Se se tiram os óculos para dormir, tiram-se também as lentes, assim como maquiagem. É como tirar a roupa da rua e vestir pijama.
As infecções de córnea são gravíssimas. Hoje se dispõe de antibióticos importantes que ajudam a sanar muitos problemas e a matar micróbios, porém alguns são resistentes mesmo se se trocarem os medicamentos ou se se mandar fazer colírios quimicamente fortificados.
Antes de perfurar a córnea, faz-se transplante a quente, assim denominado porque se realiza no olho inflamado. Troca-se a córnea para salvar o olho inteiro.
Certos cuidados, como limpeza das lentes, são necessários para evitar complicações. Antes, para higienizá-las, era preciso fervê-las. Existiam pastilhas efervescentes que se dissolviam no soro e uma porção de artimanhas. Hoje a limpeza é química. Põe-se a lente na caixinha com o produto, limpa-se com a ponta dos dedos, passa-se outra vez no líquido e guarda-se no estojo. De manhã, asseia-se novamente antes de aplicá-la no olho.