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Base de curvas para lentes multifocais
Em lentes para miopia e hipermetropia, há uma base de curvas. Numa lente para miopia, trabalha-se com bases 5, 4, 3, 2, 1 e 0.50. Em graus positivos, ou seja, hipermetropia, parte-se da base 5, 6, 7, 8, 9 e daí em diante.
Em dioptria baixa, as bases de desenhos das lentes multifocais importadas e nacionais têm tecnologias próprias, mas são basicamente iguais.
Diferenças entre lentes nacionais e importadas
O desenho chamado ampulheta é nacional e tem uma média de desenho para longe, a linha de intermediário e um desenho para perto.
Para lente nacional, não importa se o caso é de miopia, hipermetropia ou astigmatismo alto; faz-se a dioptria de acordo com o desenho ampulheta. A importada é diferente: em miopia, por exemplo, acima de 2.00, utiliza-se um desenho que favorece o campo de longe, com intermediário mais amplo e pouco campo de perto, porque o míope enxerga bem de perto.
O hipermétrope também necessita de bom campo de longe, porém muito mais de um de perto, que deve ser o mais ampliado possível, com bom intermediário para excelente conforto do usuário.
Em dioptria baixa, tanto positiva como negativa, as importadas também vão usar o ampulheta, porém com a melhor tecnologia.
É importante verificar onde se criaram as lentes, porque há diferenças entre desenhos orientais e ocidentais.
A população de origem oriental em geral escreve verticalmente, por isso os desenhos dessa fabricação terão excelentes campo para longe e intermediário, diversamente das lentes ocidentais, cuja população escreve da esquerda para a direita.
Uma lente ocidental é útil, por exemplo, para um cirurgião, que necessita do campo de perto e intermediário, ao contrário de um motorista de caminhão, que precisa do campo de longe e intermediário e prefere a lente oriental.
Leve a profissão em conta no momento de escolher a lente.
Diferenças da lente free-form
Dizem que as lentes free-form não têm distorções laterais, o que não é verdade. Todas as multifocais as apresentam e o lensômetro pode indicá-las. Toda multifocal tem distorção prismática, mas, na free-form, é possível trabalhá-las melhor, mudar e aperfeiçoar o desenho tanto para o míope como para o hipermetrope como para quem tem astigmatismo.
Pega-se uma armação, coloca-se no rosto do cliente e tiram-se as medidas. Como, na lente tradicional, o desenho já está pronto, o vendedor é obrigado a adaptar a ela aquelas medidas, seguindo a altura estipulada pela fábrica (16, 18, 20 ou 22) de acordo com a medida e a DNP tiradas.
Os free-form apresentam outro conceito: só se tem altura mínima, que, em muitos, é 14. Com base nisso, pode-se trabalhar livremente.
Tira-se a medida. Faz-se o modelo que exibe um ponto (altura e DNP tirada no pupilômetro) e manda-se para o laboratório. Sobre essa medida, efetua-se o desenho. Para um míope, por exemplo, um de melhor qualidade na parte interna da lente. Para um hipermetrope, dá-se prioridade ao campo de perto.
O free-form dá essas opções de desenho, não se engessa num formato único como o tradicional.
Não importa se o modelo é pequeno ou grande, qualquer um se pode trabalhar.
Tanto o desenho tradicional como o free-form, partem do mesmo princípio. A diferença é adaptação de acordo com a armação. No free-form, não se altera o desenho, mas, como ele está na parte interna dos óculos, ganha-se em campo de visão. A média de aumento desse campo é em torno de 10%, o que é mais confortável. Todos os desenhos free-form e multifocais se adaptarão bem ao cliente.