O organismo humano produz substâncias chamadas prostaglandinas, que protegem-no de alterações fisiológicas, ou causadas por agentes externos infecciosos (como vírus, bactérias e fungos) ou por cortes e ferimentos em geral.
A membrana plasmática das células humanas é formada por lipídeos, dentre eles os fosfolipídeos A, que quando sofrem um processo químico, para iniciar uma inflamação transformam-se em ácido araquidônico. Alguns dos produtos finais dessa transformação são as prostaglandinas, que no couro cabeludo regulam o ciclo capilar – dividido em fase anágena (de crescimento ativo do cabelo), catágena (em que ocorre a regressão da raiz capilar), e telógena (de queda dos fios).
A prostaglandina D2 (PGD2) age como fator pró-inflamatório, interrompe a fase anágena e faz com que o cabelo caia de maneira mais intensa e precoce. A prostaglandina E2 (FGE2) e a F2 alfa (PGF2 alfa) estimulam o cabelo a voltar a crescer – outras substâncias, como fatores de crescimento, também atuam nesse processo.
Terapeuticamente, pode-se utilizar análogos de prostaglandinas (que atuam de forma semelhante a elas no organismo), como a latanoprosta, análogo da prostaglandina F2 alfa, que estimula a fase anágena do ciclo capilar, e também atua na fase telógena, fazendo com que o folículo capilar interrompa a queda dos fios.
Há necessidade de ajustes da dose, da periodicidade de uso da latanoprosta, e investigar se será mais viável fazer aplicações ou uso tópico dela – que não serve para tratar todos os tipos de alopecia.