Para que serve o registro genealógico
Os pecuaristas têm encontrado nos reprodutores registrados a base para o melhoramento genético do rebanho. A partir daí, é possível garantir a certificação do animal e saber se ele se enquadra nos padrões da raça. Dentro desse sistema, então, tem início o trabalho de seleção.
O registro genealógico de um animal é muito importante no processo de melhoramento genético do rebanho bovino brasileiro, porque é nele que se consegue verificar a origem dos indivíduos, bem como verificar dados sobre a genealogia dos animais. Então toda fazenda que pretende trabalhar de forma profissional deve buscar touros com esse registro e que sabidamente foram avaliados por técnicos das associações de raça.
Tal registro é diferente do registro de nascimento do animal; este pode ser feito até os oito meses de idade do bovino. Já o registro genealógico definitivo só é fornecido ao animal após os dezoito meses e após uma séria inspeção que é feita por técnicos especializados.
O uso de touros com registro deve ser utilizado também pelos produtores que lidam com rebanho comercial. Com essa prática é possível melhorar os índices de produtividade de seus animais em um menor espaço de tempo. É um bom investimento buscar touros melhoradores.
Critérios, vantagens e melhoramento genético do rebanho
A seleção de touros para reprodução requer muita atenção, pois influencia no desempenho de todo o plantel. Animais avaliados geneticamente com registro genealógico são fundamentais para o aprimoramento da pecuária nacional. O registro definitivo é como se fosse o RG de um animal, pois, por meio dele é possível identificar a origem do individuo e saber se ele está funcionalmente apto e dentro dos padrões exigidos da raça. Uma ferramenta que dá maior credibilidade tanto para quem vende quanto para quem compra touros.
O valor desembolsado para emissão do registro é compensado pelas vantagens agregadas ao rebanho. O registro genealógico é emitido pela associação de cada raça, de forma que o animal que se enquadra dentro daquele padrão racial recebe um registro. Deve-se fazer o controle desde a comunicação de cobertura; de nascimento; da marcação, seja ela tatuagem ou marcação na perna; depois será passado por uma inspeção do técnico que realmente irá aferir e certificar que o animal é o que o produtor está indicando e só então o registra. Esse procedimento só pode ser feito a partir dos 18 meses de vida.
Por ano, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) registra em média seiscentos mil animais. Para passarem pelo crivo dos técnicos da entidade, animais puros devem apresentar pelo menos a genealogia de duas gerações anteriores.
Para que o touro esteja dentro dos padrões exigidos eles não podem ter defeitos como despigmentação, chanfro torto, defeito de aprumos, entre outros. É usado também o método de avaliação visual. A partir dessa visualização, a associação, em específico a ABCZ, estipula notas de 1 a 6, podendo fazer esse animal ficar entre os padrões ou não. Além disso, é importante também realizar um exame andrológico por um médico veterinário apto, para saber se esse touro está em condições de reprodução ou não.
Após essa criteriosa avaliação os bovinos acima de 18 meses já podem receber um registro definitivo. Sem ele, o animal não pode, por exemplo, ser inscrito em julgamentos, competições e nem ter doses de sêmen à venda.
A marcação é feita a fogo na perna direita, onde deve constar a série alfabética do criador, o número do registro de nascimento e o tradicional caranguejo, que é a logomarca da ABCZ. Reprodutores com essa certificação estão sendo cada vez mais valorizados pelo mercado.
Esse sistema de identidade faz com que o animal tenha uma identidade única. Com aquela determinada série e numeração, ele é único no mundo. Então o que está à venda é um animal com garantia, em virtude de toda a genealogia dele conhecida. Dessa forma, o produto tem um certificado de registro.
Por todos esses benefícios, pode-se afirmar que o registro genealógico definitivo é uma garantia de melhoria da qualidade de pequenos, médios e grandes rebanhos. É o ponto de partida para um eficiente trabalho seletivo e a base para o melhoramento genético de um plantel. Ele nada mais é do que a história familiar de um animal. E essa história é fundamental para garantir o aprimoramento das futuras gerações, porque no registro genealógico definitivo está tudo documentado.