O que é unidade folicular
Para compreender a FUE (Follicular Unit Extraction), é necessário entender o que é unidade folicular, que, composta por até cinco fios que saem de um único poro, se constitui de fio, glândula sebácea e tecido envoltório. Cada fio tem raiz própria. Na FUE, podem-se extrair unidades com um ou mais fios e, na soma de todas elas, consegue-se volume capilar satisfatório após a cirurgia.
Transplante capilar
O retorno do cabelo a áreas calvas é alvo de homens e mulheres. Como a calvície é evolutiva, é preciso bloqueá-la. O transplante indica-se quando o tratamento clínico já não recupera todo o volume capilar, porém é possível associá-lo ao cirúrgico.
Transplante capilar com técnica FUE
O transplante de cabelo evoluiu muito na última década. Hoje, tem-se usado uma técnica chamada FUE, em que se extraem unidades foliculares uma a uma da região posterior, que não tem potencial genético para queda, e se implantam da mesma forma nas calvas (a anterior e o topo da cabeça).
Vantagens da técnica FUE
A grande vantagem da FUE em relação às anteriores é não deixar cicatriz inestética, apenas microcicatrizes praticamente inaparentes, o que faculta ao paciente, no futuro, manter o cabelo muito baixo.
Além disso, como se faz fio a fio, a FUE possibilita aspecto natural, praticamente imperceptível. Isso acabou com o cabelo de boneca que se via no passado e fazia muitos fugirem ao procedimento, visto que o indivíduo se tornava ponto de referência em razão da intervenção malsucedida.
Pós-operatório rápido
Atualmente, o transplante de cabelo é mais cômodo e propicia retorno ao trabalho mais rapidamente. Quem passa por ele quase não se ausenta das atividades — no máximo, por uma semana.
Aumento da procura pelo transplante capilar
Essa técnica é praticamente indolor. Como as pessoas raramente reclamam de desconforto, isso tem levado muitas outras a buscar esse tratamento.
Técnica FUE manual ou com robô
Pode-se realizar a FUE de duas formas: manualmente ou com robô e, em cada uma delas, há vantagens e desvantagens.
A marcação da área receptora, a anestesia dos locais receptor e doador e a retirada e colocação das unidades foliculares fazem-se do mesmo modo pelas duas técnicas. O que as difere é a ferramenta utilizada nos furos das duas regiões: o robô substitui o trabalho do médico em 20% a 30% da operação.
Desvantagens da técnica FUE com robô
Necessidade de rapar as áreas doadora e receptora
Quando se usa robô, é preciso rapar ambas as áreas. Sem ele, não se depila a receptora, só a doadora, mas em faixas ou em padrão xadrez (quadrados alternados).
Técnica FUE manual ou com robô
Com o robô, há alto índice de transecção quando se retiram cabelos da lateral. Manualmente, esse procedimento é mais eficaz, portanto o número transplantado de unidades foliculares é maior que com aquele mecanismo.
Transplante restrito aos fios situados na cabeça
Somente pelo método manual é possível remover fios de outras partes do corpo, como barba, tórax e membros, às vezes necessários para complementar os extraídos do couro cabeludo.
Elevado custo de aquisição do robô
O preço para aquisição do robô assim como os royalties pagos pelo uso dele a cada cirurgia tornam esse processo 50% a 100% mais caro que o manual.
Cicatrizes inestéticas
Enquanto, pela técnica manual, se empregam punchs de 0,8 a 0,9 mm de diâmetro, com o robô, eles são maiores: 1,07 mm, equivalentes à agulha 19g, e esses orifícios deixam cicatrizes mais inestéticas, se comparadas às da primeira.
Mais cansativo
Com robô, faz-se o transplante com o paciente sentado, portanto é mais cansativo que o outro, em que ele também pode ficar nessa posição, mas os cirurgiões preferem-no deitado.
Única vantagem da técnica FUE com robô
Alguns cirurgiões afirmam que o único benefício do robô é reduzir-lhes o cansaço, uma vez que as incisões na área doadora são repetitivas e fatigantes.
Embora seja um avanço tecnológico que, no futuro, pode ser instrumento obrigatório em todos os transplantes capilares, pelas atuais limitações que hoje o robô apresenta, alguns médicos preferem a intervenção manual.
As três camadas da pele
A pele divide-se em três partes. De baixo para cima, há o tecido subcutâneo, onde fica a gordura; a derme é o intermediário, com vasos sanguíneos e terminações nervosas, além de local de nascimento do pelo, e a epiderme é a mais superficial (de mais proteção) e tem várias camadas.
Estrutura da unidade folicular usada em transplantes capilares
O folículo capilar é um fio com raiz, glândula sebácea e músculo piloeretor, cuja função é deixar o cabelo ereto. Na extração da unidade folicular, sai todo esse conjunto, inclusive um pedaço do músculo.
Faz-se transplante capilar com microscópios e lupas porque é impossível ver a estrutura da unidade capilar a olho nu.
Essa é uma cirurgia delicada, demorada e exige cuidados para remover a unidade folicular sem machucá-la.
Antigamente, as técnicas de transplante capilar produziam o chamado cabelo de boneca, porque não se separavam os fios. Hoje, tirados do local doador, se faz isso um a um.
Permanência dos fios implantados
Nos calvos, mesmo os mais idosos, permanecem fios de cabelo na nuca. Isso porque eles mantêm a constituição genética, portanto, uma vez implantados nas regiões calvas, não cairão.