Idade mínima para o uso de lentes
Não há idade mínima para utilizar lentes de contato. É preciso apenas que se tenha capacidade para cuidar bem do produto. Os riscos de erros são bem menores se se adaptar a lente no consultório.
Quando alguém faz a adequação de um aparelho ortodôntico, não busca uma loja ou o compra pela internet, procura um dentista. Com a lente de contato dá-se o mesmo. Consulte um oftalmologista para ele tirar as medidas do olho, não só de grau, mas também a curva e o diâmetro da córnea e também para indicar o melhor material.
A limpeza errada das lentes pode levar fungos e bactérias aos olhos e ocasionar infecções. O uso frequente do soro fisiológico em garrafa não é suficiente para desinfetá-las, porque, além de não remover todos os microrganismos que ali se acumulam, depois que se abre o frasco, o produto pode tornar-se agente de contaminação.
É preciso ter outras precauções, como não usar água da torneira para limpar ou guardar a lente, visto que ela pode conter elementos, como cloro e ameba, que provocam úlcera, evitar dormir com ela e, ao retirá-la do olho, fazê-lo com cautela para não arrancar parte do epitélio da córnea.
É fundamental respeitar o prazo de validade das lentes, indicado pelo fabricante. Um carro consegue andar com o pneu careca, mas quem está dentro dele pode sofrer um acidente. Da mesma forma, quem utiliza lente fora do prazo enxerga, mas também pode promover um problema, porque ela não está mais oxigenando a córnea ou pode apresentar fungos e proteínas, que causam alergia ou ceratite.
Perigos do mau uso de lentes de contato
Certos pacientes contam que os primeiros sinais de que algo estava errado foram intolerância à luz e muita dor nos olhos. Consultado um oftalmologista, descobriram que o emprego excessivo de lentes de contato fez faltar oxigênio à córnea e lhes acarretou sérios problemas de visão.
Coloridas, gelatinosas ou descartáveis, as lentes de contato garantem maior conforto a quem tem deficiência visual, mas utilizá-las incorretamente pode transformá-las em distúrbios.
A lente, corpo estranho, em contato direto com a córnea leva alguns a desenvolver intolerância, cujo tratamento se resume a colírios antialérgicos e à suspensão do uso. Também podem ocorrer transtornos um pouco mais sérios, como as ceratites (inflamações da córnea) ou hipóxia corneana (falta de oxigênio para a córnea).
A córnea fica em contato direto com o ar, mas, quando se aplica a lente nela, um corpo estranho se instala entre o ar e o olho.
Também podem advir disfunções mais graves, como as úlceras de córnea, feridas mais profundas que podem transformar-se em infecções graves e até perfurar o olho.
Para impedir danos, os especialistas recomendam que os pacientes só comprem lentes de contato com orientação e receita médica. A comercialização pela internet não é aconselhável.
Uma lente que serve para um indivíduo pode não ser apropriada para outro. Para cada tipo de olho há uma lente específica. Mesmo as descartáveis sofrem variações. É necessário escolher uma compatível com o perfil daquela pessoa. Se tiver olho seco, por exemplo, não se deve optar por materiais com alto teor de água.