Hipertensão refratária
A hipertensão refratária, ou de difícil controle, trata-se de uma entidade clínica na qual mesmo o paciente estando em uso de três anti-hipertensivos, sendo um deles um diurético tiazídicos, os níveis pressólicos mantêm-se elevados.
Nesse cenário, é necessário verificar como está aderência desse paciente ao tratamento, se ele faz uso de outros medicamentos que possam elevar a pressão arterial ou se seria uma hipertensão secundária causada por uma doença renovascular, uma síndrome de Cushing ou um feocromocitoma.
Afastadas essas causas, a doença é definida como hipertensão refratária verdadeira. Nesse caso, a literatura evidencia que a melhor resposta terapêutica é a espironolactona, um inibidor da aldosterona.
Distúrbios hidroeletrolíticos
Os distúrbios hidroeletrolíticos ocasionados pelo uso dos diuréticos e IECAs ocorrem em cerca de 4%. Os diuréticos tiazídicos podem ocasionar a baixa do potássio e do sódio – respectivamente denominam-se hipocalemia e hiponatremia. Já os IECAs podem gerar a elevação dos níveis séricos do potássio, que denomina-se hipercalemia.
Assim, a associação de diuréticos tiazídicos e IECAs torna-se interessante no manejo desses eletrólitos. Outra associação muito útil é a de diuréticos tiazídicos, que expoliam o potássio, com diuréticos poupadores de potássio, como a amilorida e a espironolactona.