Hiperglicemia e gravidez
1 a cada 6 mulheres é afetada pela hiperglicemia durante o período de gestação. A hiperglicemia é quando os níveis de glicose no sangue ficam alterados, acima do normal. Isso acontece porque os hormônios no período gestacional aumentam a resistência insulínica, ou seja, a insulina produzida pelo pâncreas não desempenha o papel dela corretamente.
Como a glicose ultrapassa a barreira placentária, os prejuízos podem ocorrer tanto para a mãe quanto para o bebê.
A glicose que ultrapassa a barreira placentária vai estimular com que o pâncreas do bebê produza mais insulina. Essas crianças, quando nascem, fazem parte do grupo de risco das que podem desenvolver o diabetes tipo 2 no futuro. As mães afetadas pela hiperglicemia também podem desenvolver diabetes tipo 2 mais para frente, podendo levar à pré-eclâmpsia e à eclampsia.
Quando essas crianças nascem, como o pâncreas está hiperestimulado, elas precisam ser muito bem monitoradas, pois podem ter hipoglicemia ao nascer. Hiperglicemia grave em crianças menores de 6 anos pode levar a retardo mental e até a óbito.
O farmacêutico pode ser um grande aliado da mulher no controle do problema. Uma orientação importante é ter uma alimentação balanceada, ou até mesmo praticar atividades físicas, conforme a orientação médica.
É preciso ainda planejar e controlar os níveis de glicose durante a gestação. Para quem já é diabética, o cuidado deve ser ainda maior.
Se a mulher tem pessoas na família que desenvolveram diabetes tipo 2, ela já faz parte do grupo de risco. Portanto, essa resistência insulínica tem que ser bem monitorada durante a gestação para não afetar o bebê e nem a mãe.
Gestantes que são pré-diagnosticadas, antes da gestação, têm que ter um planejamento da gravidez. Mulheres diabéticas, tanto tipo 1 quanto tipo 2, podem engravidar e ter filhos, mas precisam manter a glicose controlada cerca de 6 meses antes da concepção e muito bem controlada durante a gestação para que nem a mãe nem o bebê corram riscos.