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Quando se energiza algum metal, ele ganha instabilidade e devolve essa energia para o meio ambiente na forma de fótons. Os equipamentos estéticos absorvem esses fótons, que dependendo do estímulo do material, aparecem em comprimentos de ondas diferentes (de que?), ou seja, em luzes distintas ou combinações de luzes, conforme o tipo de emanação.
Laser, LED e flashlamps
No caso do laser, os fótons são emanados em um único comprimento de onda e, portanto, possuem uma cor fixa e contínua. O LED pode apresentar um perfil mono ou policromático com vários comprimentos de onda emanados simultaneamente. Já os flashlamps se caracterizam por uma ação exclusiva policromática (multicolorida). A escolha do tratamento determina um filtro para o comprimento de onda a ser usado para tratar aquela disfunção estética em questão.
Alta potência
De acordo com a quantidade de fótons emitidos, tem-se uma laser terapia de alta, média ou baixa potência. A terapia de alta potência tem o objetivo de promover a destruição tecidual. A elevada energia direcionada ao tecido o carboniza ou faz que ele se evapore. Nesse caso, a temperatura de contato varia entre 80 a 100° C. Quando se utiliza esse procedimento deve-se realizar a indução inflamatória, em que a temperatura chega até 60°C no tecido, gerando uma lesão não destrutiva. Nesse caso, espera-se a resposta do organismo a fim de promover cicatrização e renovação tecidual.
Baixa potência
Já o laser e o LED de baixa intensidade produzem uma fotobioestimulação. A energização tecidual ocorre mediante um fracionamento energético. A energia gerada por essas luzes, também chamadas de laser frio ou laser terapêutico estético, interage com o tecido e o cromóforo, substância que responde especificamente a um dado tipo de cor, como azul ou vermelho. Existem vários tipos de cromóforo, e a porfirina é estimulada pela luz azul, o que promove uma reação química que resultará na síntese de radicais livres. Uma pequena parcela de radicais livres gera uma irritação benéfica ao tecido.
O sistema endógeno neutraliza os radicais livres e o resultado é a hidratação tecidual. A luz azul é, portanto, indicada antes de procedimentos de limpeza de pele para emoliência, lesão com agulha em microagulhamentos, entre outros. A porfirina também contém bactérias. A produção de radicais livres nas bactérias atua nas membranas plasmáticas ou DNA. O ataque exercido em um desses dois pontos promove a morte bacteriana, logo, trata-se de uma luz que efetua uma atividade antiséptica.
A luz azul é uma ótima maneira de amplificar a taxa de antissepsia tecidual, desde que a dose necessária seja usada, os radicais livres restantes não atacarão o tecido. Contudo, eles podem atacar a melanina, molécula que possui diversas ligações entre átomos de carbono. Quanto maior for o número de duplas ligações, mais escura será a melanina. O radical livre rompe essas ligações, levando ao clareamento da melanina. Assim, a luz azul tem função clareadora.
Luz âmbar e luz vermelha
A luz âmbar tem uma coloração alaranjada e pode dar amparo ao corpo por minimizar a atividade de glicação não enzimática, pois protege as fibras de colágeno e elastina e mantém a pele mais firme, promovendo um efeito lifting.
A luz vermelha tem a função de aumentar a produção de colágeno no corpo. Essa luz estimula uma organela, que contém um cromóforo específico chamado citocromo C, que após ser energizado aumenta a produtividade das mitocôndrias, que geram ATP. O resultado é a síntese de mais colágeno e elastina.
Luz infravermelha
Para otimizar o efeito lifting pode-se usar o infravermelho, luz que age em profundidade e gera tonificação muscular. No caso da drenagem linfática a laser, a luz infravermelha alcança regiões tão profundas que consegue abrir os linfonodos. Assim, esse recurso pode ser usado como alternativa à propulsão manual feita para descongestão.
Qualidade dos resultados dos tratamentos a laser
Atualmente, o laser está disponível com várias fontes de emanação e uma das principais é o diodo, ligas metálicas que, uma vez estimuladas, liberam energia dentro do comprimento de onda. Todos os LEDs emanam a partir de diodos. Os melhores resultados obtidos de tratamentos a laser dependem de um equipamento que proporcione segurança e de dosagens energéticas suficientes.