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O que são varicoses?
A escleroterapia é o tratamento das varicoses, que são os famosos vasinhos nas pernas, também chamados de aranhas vasculares.
A varicose é um problema bastante comum, que além de esteticamente desagradável, causa dor e sensação de peso, e acontece em mais de 70% das mulheres e mais de 20% dos homens.
A varicose tem um fator genético importante, além disso tudo o que dificulta o retorno venoso contribui para a varicose, como trabalhar em pé durante muito tempo (que aumenta a pressão hidrostática nos membros inferiores) e a gravidez.
O que é escleroterapia
A escleroterapia é um tratamento que une vários tipos de produtos e visa destruir a parede do vaso sanguíneo, fazendo com que ele morra lentamente.
O resultado dela depende bastante do tipo de esclerosante – líquido injetado na veia – utilizado, alguns têm efeito mais rápido, outros mais devagar; alguns são mais seguros, outros têm maior tendência a causar manchas na pele.
O médico indica o esclerosante que será aplicado, um dos mais usados é a glicose hipertônica (água com açúcar em concentração alta), que não causa alergias, tem baixa chance de causar pigmentações, é reabsorvido pelo corpo e não causa problemas por conta disso, já que a glicose circula no organismo.
A aplicação é tranquila e segura, feita em consultório, e a pessoa vai para casa no mesmo dia. Utilizando uma agulha pequena – responsável por deixar a perna com marcas de picadas e inchada (edema) –, o médico aplica um líquido dentro do vaso para esclerosá-lo.
Quantas sessões de escleroterapia são necessárias
Fazer uma única sessão de escleroterapia não basta, para bons resultados geralmente são indicadas de 7 a 10.
O resultado começa a aparecer a partir da 2ª ou 3ª sessão. Ao longo das sessões, algumas varicoses desaparecem, outras ficam mais fracas e algumas persistem, por isso o médico precisará fazer aplicações em cada uma delas, às vezes mais de uma vez.
Escleroterapia dói?
Quando o esclerosante entra no vaso sanguíneo e se espalha pelos vasos colaterais, ele causa dor, mesmo que seja usado anestésico ou gelo para refrigerar a área.
A aplicação dói mais em algumas áreas, por exemplo, na parte posterior (de trás) do joelho e nos pés e tornozelos, em que a pele é mais fina.
Durante o inverno, o procedimento dói mais ainda, pois a pele fica mais sensível. Uma dica é, antes da sessão, usar uma calça mais quente para diminuir a vasoconstrição.
Homens também podem ter varicoses, apesar de muitos não tratarem por se importarem menos com elas e elas ficarem escondidas atrás dos pelos.
Resultados da escleroterapia
Com o tratamento da varicose, como os vasinhos vão sumindo, a perna começa a melhorar, e diminui-se as sensações de dor e de peso.
Como é feita a esclerose dos vasos, o sangue parado na perna flui para veias funcionais.
Muitos fazem o tratamento e ficam decepcionados porque acreditam que as varicoses voltaram, porém, elas não voltam – o vaso esclerosado morre, mas podem surgir novas lesões, que causam essa impressão.
O tratamento não é imediato, após a aplicação o local fica edemaciado, vermelho, dolorido e pode haver coceira e ardência. Isso dura cerca de 7 a 10 dias. Após isso, a pessoa começa a ver os primeiros resultados.
Como são cerca de 7 a 10 sessões, intervaladas em aproximadamente 15 dias cada, ao fim do inverno as pernas da pessoa estarão bonitas para o verão, e ela poderá usar shorts curtos, saias, etc., sem problemas.
Cuidados após a escleroterapia
No dia do procedimento e no seguinte à ele, recomenda-se não fazer exercícios físicos intensos, como musculação, corrida, luta ou ciclismo.
Dependendo da sessão, indica-se evitar exercícios físicos extenuantes por até uma semana. Cada picada da escleroterapia gera um resquício de sangue, que pode extravasar e manchar a pele se feito exercícios extenuantes.
É importante não tomar sol durante o tratamento, pois se ocorrer extravasamento de sangue na pele, a exposição aos raios solares pode causar manchas. Por ser mais frio e ter menor incidência solar, o inverno é mais adequado para o procedimento.
Após a sessão, evite fazer massagens ou depilar as áreas trabalhadas, pois estarão inflamadas e inchadas. Tudo que possa causar lesões na pele deve ser evitado, pois pode ocasionar manchas.
Complicações e efeitos colaterais da escleroterapia
Os efeitos colaterais e complicações da escleroterapia são raros, e dependem da técnica da aplicação, do produto usado e dos cuidados após o procedimento. No geral, se o tratamento é feito com um produto de qualidade, com uma técnica adequada, e são tomados os devidos cuidados após o procedimento, não há complicações.
Alergia ao esclerosante
Uma possível complicação é a alergia ao produto injetado, mas isso é raro, pois os produtos usados – que são liberados pela ANVISA – praticamente não trazem problemas, aliás, se utilizada a glicose hipertônica, isso é praticamente descartado.
Hiperpigmentação
O uso de um produto seguro e de qualidade, como a glicose hipertônica, reduz bastante as chances de hiperpigmentação, que pode acontecer pelo extravasamento de sangue ou por conta de uma inflamação local, e caso ocorra, é possível, posteriormente, fazer tratamentos com clareadores e peeling. A hiperpigmentação geralmente não é uma complicação difícil de tratar.
Infecção de pele
Após o procedimento, o médico coloca um esparadrapo para proteger as áreas aplicadas. Na perna é posta uma meia elástica para o retorno venoso ser mais eficaz.
Para evitar infecção, a pessoa deve usar o esparadrapo, lavar bem as pernas, não entrar em piscinas e não usar roupas inadequadas. Porém, é uma complicação bastante rara e facilmente tratada.
Nuvens telangiectásicas
Em alguns casos, podem surgir nuvens telangiectásicas – quando o médico acaba com uma varicose e ao redor dela surgem outros pequenos vasos. Existem várias teorias sobre o motivo disso, uma delas é que a região vascular da perna forma mais vasos para suprimir a varicose. Ao longo do tratamento, isso também é resolvido.