A queda de cabelo pode ser angustiante. Uma médica conta que há alguns anos saiu de Teresina para São Paulo para fazer residência médica, e nesse tempo passou um ano sem comer carne, além de ter feito várias mudanças no estio de vida que alteraram o ciclo de vida do cabelo dela, gerando um problema chamado eflúvio telógeno.
O ciclo capilar tem três fases, a anágena (de crescimento), a catágena (de transição) e a telógena (de queda). No couro cabeludo normal, cerca de 90 a 95% dos fios estão na fase de crescimento, de 5 a 10% na de queda, e uma pequena porcentagem na de transição.
O que acontece no eflúvio telógeno?
Há uma mudança no relógio biológico do cabelo, e muitos fios passam simultaneamente para a fase de queda (de 5 a 10% para de 15 a 25%). Isso é o suficiente para a pessoa achar que vai ficar careca, porém, o eflúvio telógeno é auto-limitado, ou seja, se o paciente se curar o cabelo voltará a crescer normalmente.
O que fazer contra o eflúvio telógeno?
O médico colhe histórico de vida detalhado do paciente, investiga sobre possíveis medicações que este começou ou parou de tomar, doenças prévias, alimentação, eventos marcantes e/ou estressantes, e na maioria das vezes solicita vários exames para averiguar se há doenças hormonais, deficiência de ferro e/ou de vitaminas, e doenças que podem ainda não ter se manifestado. Se existir alguma anormalidade, faz-se um tratamento direcionado para ela.
O mais comum é o eflúvio durar cerca de 4 meses, após isso os cabelos param de cair e voltam a crescer normalmente.
É muito importante não se automedicar. Em caso de perda capilar, procure um dermatologista para avaliar e tratar o seu caso.