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Como tratar queloide e cicatriz hipertrófica

  • 28 de março de 2020
  • Dr. Adalto Filho
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Você vai ver nesse artigo:

  • Queloide e cicatrizes hipertróficas
  • Tratamentos contra queloide e cicatrizes hipertróficas
    • Remoção cirúrgica da queloide ou cicatriz hipertrófica
    • Remoção cirúrgica associada à radioterapia
    • Aplicação de corticoide
    • Laser, crioterapia e bandas de silicone

Queloide e cicatrizes hipertróficas

Os queloides e cicatrizes hipertróficas são defeitos da cicatrização, causados pela hiperativação de uma célula, chamada fibroblasto, responsável por produzir colágeno. Quando acontece alguma lesão da pele, como um corte ou machucado, a pele manda os fibroblastos produzirem uma fibra para fazer a regeneração do tecido.

A cicatriz hipertrófica é uma lesão que acontece somente ali no local em que aconteceu o trauma ou ferida. Ela acaba crescendo, com cicatrizes elevadas que não ficam com um aspecto estético bonito.

O queloide pode aparecer no local do corte ou lesão, e pode acontecer em outras áreas ao redor, ninguém sabe ao certo. O queloide tem um aspecto de retorno da lesão e é um mais complicado. Os queloides acontecem principalmente em negros e asiáticos, e principalmente a partir do umbigo para as regiões superiores, mas pode acontecer em qualquer parte do corpo.

Tratamentos contra queloide e cicatrizes hipertróficas

Os queloides têm difícil tratamento, assim como a cicatriz hipertrófica, mas o queloide tem uma resposta um pouco mais difícil, arredio, e acaba retornando em alguns casos. Não existe um único tratamento que vá acabar de vez com esse tipo de problema, é necessário juntar os tratamentos. Quanto mais tratamentos forem juntados, melhor o resultado estético.

Cremes para cicatrizes que são anunciados na televisão não funcionam. Existem vários tratamentos médicos que vão mais fundo no problema e mesmo assim não resolvem, quem dirá um simples creme que é passado em casa.

Remoção cirúrgica da queloide ou cicatriz hipertrófica

A primeira maneira de melhorar o queloide ou a cicatriz hipertrófica é com uma remoção cirúrgica daquele sítio. No caso de uma cicatriz hipertrófica já consolidada, dependendo do tipo de cicatriz e da cirurgia que for feita, consegue-se melhorar bastante o aspecto. Com o queloide, deve-se tomar muito cuidado, pois não é só remover um queloide da orelha e achar que o problema acabou. Alguns estudos dizem que, na remoção cirúrgica, o queloide tem uma recorrência de 45 a 90% – ou seja, não adianta fazer uma cirurgia sendo que o queloide vai voltar. Portanto, a remoção cirúrgica é mais aconselhável no caso das cicatrizes hipertróficas.

Remoção cirúrgica associada à radioterapia

O segundo método para acabar com as cicatrizes hipertróficas e queloides é fazer uma cirurgia e, logo em seguida, fazer sessões de radioterapia. A radioterapia age inibindo as células de fibroblastos que vão produzir tecido colágeno em excesso. Com a radioterapia, a pessoa consegue aumentar as chances de sucesso da cirurgia. Geralmente são necessárias em torno de 10 sessões de radioterapia no local da cirurgia. O tratamento da cirurgia somado a radioterapia é o melhor tratamento do queloide. Alguns médicos já iniciam a radioterapia logo após a retirada cirúrgica, em torno de 24 a 48 horas, para impedir que a lesão volte. Em alguns casos, pode-se fazer a aplicação de corticoides.

Aplicação de corticoide

Se a pessoa tem cicatrizes hipertróficas, restritas a área de lesão, o melhor tratamento é a aplicação de corticoide no local. O corticoide mais usado geralmente é a triancinolona, que tem um efeito de atrofia. O corticoide geralmente é feito com anestesia local, mas é bem dolorido. A aplicação de corticoide é feita na lesão, que ficará um pouco mais aumentada, inflamada e dolorida. Depois, a pessoa percebe que ela fica um pouco mais túrgida, amolecida, e nesse processo vai atrofiando. São várias sessões desse processo até chegar em um bom resultado.

A aplicação de corticoides melhora os principais sintomas das cicatrizes hipertróficas e queloide: melhora a coceira e também a dor, devido a atrofia que o corticoide causa.

Laser, crioterapia e bandas de silicone

O quarto método é uma combinação de laser (sendo que o laser mais eficaz é o tipo YAG), crioterapia e também a utilização de bandas de silicone. Como o queloide e a cicatriz hipertrófica querem eclodir da pele, uma compressão com banda de silicone na região pode impedir que essa cicatriz acabe saindo. A crioterapia também tem uma função importante junto ao laser. Juntando esses quatro métodos, a pessoa tem uma grande chance de conseguir um resultado excelente.

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Dr. Adalto Filho

CRM: 130475. Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2008). Residência médica em cirurgia plástica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (2014-2017). Residência médica em cirurgia geral pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2008-2010). Pós-graduação em reconstrução mamária pelo Hospital Pérola Byington (2017-2018). Pós-graduação em dermatocosmiatria pela faculdade de Medicina do ABC Paulista FMABC (2017-2018). Especialização em Oxigenoterapia Hiperárica pela Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (2016).

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