Análise de oclusão
Na análise de oclusão, é importante observar se há atresia maxilar, para providenciar a disjunção antes do avanço, ou lingualização dos dentes posteriores, para efetuar expansão com quadri-hélice e bi-hélice.
Se o paciente for de classe 2, com ausência de mandíbula e uso de dentadura mista (arcadas superior e inferior), promove-se o avanço nos modelos ou na boca do paciente. Se se notar que a mordida posterior cruza ou é de topo, deve-se, antes do procedimento, executar a disjunção maxilar com Haas ou Hyrax.
Como obter a mordida construtiva
Após o avanço e o encaixe, o paciente, originalmente de classe 2, estabiliza-se na 1.
A mordida construtiva, ou de avanço, faz-se com cera nº 7, que, com uma caneta, se divide em aproximadamente cinco partes iguais e se aquece com maçarico para amolecê-la. Em seguida, dobra-se essa cera nas demarcações, alternadamente para frente e para trás. Entre uma dobra e outra, pode ser necessário reaquecê-la para ela não perder a flexibilidade. Ao término, molda-se essa placa no formato da arcada dentária, com a parte posterior em espessura de 4 mm, medida com régua. É aconselhável ter à mão algumas dessas placas, já finalizadas, para uso.
Na oclusão com cera, o desvio de linha média (esquelético) corrige-se no avanço, mas, se esse desvio for dentário, é preciso mantê-lo e treinar o paciente para ocluir em classe 1.
Depois de reaquecida, coloque a cera sobre o palatino dos incisivos superiores e marque a linha média com uma espátula. Oriente o paciente a morder apenas quando solicitado. Após posicionar a cera, aquecida novamente, na arcada superior, verifique se o traço coincide com a linha média, pressione a cera na boca aberta dele e aguarde que ela esfrie antes de removê-la.
Na arcada inferior, aplique a cera já com avanço e solicite ao paciente que a morda. Depois de esfriar, retire o excesso de cera na face vestibular de ambos os lados com uma espátula.
Por esse processo, obtém-se um plano de cera com mordida construtiva para o protético saber quanto o Bionator deve avançar. O que ficou de espessura na parte posterior dessa estrutura é o que deve haver na mesma área do Bionator. Quanto mais sobremordida ele tiver, mais alta será a parte posterior.
Após usar o Bionator por uma semana, tiram-se as rebarbas para permitir que o dente obtenha certa expansão na face vestibular. A partir do segundo mês, é necessário desgastá-lo novamente (0,5 a 1 mm por mês) desde a cúspide lingual. Desse modo, o material acrílico diminui progressivamente e cria um espaço entre as arcadas inferior e posterior. São os dentes posteriores que instruem. Utiliza-se o aparelho de dez a doze meses.