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Cicatrização normal
A cicatriz na verdade é uma reparação do tecido. Ela acontece por uma série de fenômenos que existem em nosso corpo que visam recompor uma situação em que determinado tecido foi lesado. A cicatriz normal, que conhecemos e buscamos, tem uma série de processos bem definidos pelo organismo, os quais o cirurgião acompanha e pode intervir em determinada situação.
Hipertrofia cicatricial
Existem cicatrizes que não são consideradas normais, e que em geral são cicatrizes exageradas. Existem dois tipos principais.
Uma é a hipertrofia cicatricial, aquela cicatriz exagerada, que é um pouco maior ou um pouco mais forte do esperado. Ela tem características próprias: ela fica exatamente dentro dos limites daquele problema que acontece; ou seja, se existe um corte de 5 cm, a cicatriz hipertrófica vai ter 5 cm. Ela em geral é mais grossa e pode ser um pouco dolorida.
Tratamento da cicatriz hipertrófica
Na maioria das vezes, para o tratamento da cicatriz hipertrófica, o cirurgião refaz aquela cicatriz. Buscando a técnica adequada, pode-se utilizar alguns produtos ou algumas técnicas para tentar conter a cicatrização, porque a cicatriz hipertrófica nada mais é do que uma cicatriz exagerada. Por exemplo, algumas placas de silicone fazem uma compressão suave naquela região, e alguns produtos para passar ou mesmo injetar podem impedir ou evitar a cicatriz hipertrófica.
Queloide
Outro tipo de cicatrização fora do normal, que é muito mais raro e também muito mais difícil de tratar, é o chamado queloide. O queloide é quase um “tumor da cicatriz”, ou seja, é uma cicatrização completamente desordenada, que foge dos limites do problema inicial daquela pele e que tem a tendência de se repetir inúmeras vezes e em lugares diferentes.
A imensa maioria das pessoas que têm uma alteração da cicatriz, ou uma cicatriz desfavorável, têm a cicatriz hipertrófica. Uma grande minoria tem é a presença do queloide.
Tratamento do queloide
O queloide é difícil de tratar porque não é um fator específico daquela área, é um fator da pessoa. A resposta ao trauma aquela pessoa é desorganizada, então muitas vezes não se consegue passar a organizar a cicatrização naquele local.
Existem muitas alternativas de tratamento. Por exemplo, a ressecção e a nova tentativa de cicatrização local; a infiltração de algumas substâncias; o laser; e até mesmo radioterapia na região do corte ou do problema da pele, na tentativa de evitar que aquele queloide apareça.
O queloide deve ser muito bem controlado e vigiado, porque é muito comum o paciente ter uma evolução boa durante um tempo e, alguns anos depois, passar a apresentar o queloide no mesmo lugar.
Cirurgia em pessoas que têm queloide
A pessoa que sabidamente tem o queloide, que fez o diagnóstico, deve evitar ao máximo qualquer tipo de traumatismo, quer seja por uma cirurgia programada, quer seja um traumatismo acidental, porque a tendência é de que, na maioria das regiões do corpo, elas desenvolvam um queloide muito maior. Algumas cirurgias não podem ser evitadas, mas o paciente já tem que saber. No caso da cirurgia plástica, o cirurgião precisa ter muito cuidado, conversar muito com o paciente e saber que o risco do desenvolvimento do queloide existe, e se vale a pena fazer estra troca. Ou seja, a plástica por um possível queloide presente. É uma escolha que tem que ser muito bem pensada.