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O ronco
Mais de 90% das pessoas que roncam têm apneia do sono, exceto os designados roncadores primários, que apenas roncam, apesar de também tenderem para uma futura apneia.
O ronco, principalmente quando atrelado à apneia, é prevalente entre homens de quarenta a sessenta anos de idade, em razão do ganho de peso, do sedentarismo e de fatores genéticos que podem obstruir as vias aéreas e diminuir a passagem de ar.
A mulher é comum iniciar a roncar entre cinquenta e sessenta anos em virtude de problemas hormonais decorrentes da menopausa. O ronco anterior a esse período pode ser sinal de alteração dos tecidos da garganta ou de ganho de peso.
Pessoas que moram sozinhas não se queixam disso, mas as casadas observam e comentam esse fato com o cônjuge.
Causas do ronco
O ronco é causado pela movimentação e vibração dos tecidos da garganta. Há aqueles que roncam e não têm apneia, mas todos os que a têm roncam.
Ganho de peso e ronco
O sobrepeso leva ao ronco e à apneia (parada respiratória durante o sono), muitas vezes provocada pelo acúmulo de gordura nos tecidos da garganta e da base da língua.
Ronco e bebidas alcoólicas
Depois de tomar cerveja, vinho ou qualquer outra bebida alcoólica, é normal que o indivíduo ronque, porque o álcool relaxa as paredes musculares da garganta. Esse é um ronco comum, não relacionado à apneia.
Sintomas da apneia do sono
O apneico dorme bastante, acorda sempre cansado, irrita-se facilmente, está sempre com sono durante o dia, cochila pelos cantos, ronca e, à noite, tem dificuldades respiratórias. Além de colaborar com o engordar, a apneia pode contribuir também para a hipertensão (pressão alta), a perda da libido (desejo sexual) e lapsos de memória.
Há pesquisas científicas que mostram que a apneia sem tratamento pode levar o paciente a sofrer infarto e derrame, e a aumentar-lhe a predisposição ao câncer.
Causas da apneia do sono
Quando o indivíduo dorme de barriga para cima, a língua e o céu da boca se rebaixam e dificultam a passagem do ar. Por isso, o paciente pode chegar a ficar um minuto ou mais sem respirar, até o cérebro emitir um sinal e forçá-lo a acordar porque o nível de oxigênio está baixo.
Esses microdespertares podem ocorrer centenas de vezes numa noite, logo o apneico talvez nunca entre na fase do sono que proporciona descanso.
Desvio de septo e apneia do sono
O desvio de septo impede a respiração nasal e pode acordar o indivíduo, por isso deve ser operado e tratado.
O correto é respirar pelo nariz, mas, se tapado, a pessoa procurará fazê-lo pela boca, receberá um ar gelado e, quando acordar pela manhã, estará com dor de garganta ou com a boca seca.
Diagnóstico
Comumente é num laboratório do sono, onde o indivíduo deverá dormir por uma noite, que se faz o diagnóstico da apneia, por meio de um exame chamado polissonografia, que avalia as características do sono dele.
Como tratar
Mudança dos hábitos de vida
A apneia pode ser leve, moderada ou grave. O tratamento-padrão consiste no emagrecimento e na prática regular de atividades físicas, como, por exemplo, caminhadas.
CPAP
O CPAP é um aparelho de pressão composto por um compressor, que, por uma máscara, impulsiona o ar para os pulmões.
Aparelho intraoral
Se não se adaptar ao CPAP, o paciente poderá consultar um dentista especialista em sono que poderá fabricar um aparelho intraoral a fim de projetar a maxila inferior para a frente.
Cirurgia buco-maxilo-facial
Nos casos de apneia grave e inadaptação ao CPAP e ao aparelho intraoral, recorre-se à cirurgia ortognática, efetuada pelo dentista buco-maxilo-facial, que faz avançar a maxila e a mandíbula, e aumenta o espaço de detrás da garganta. Contudo, de cada vinte pacientes, apenas um ou dois são realmente operados, porque não se trata de uma cirurgia simples e costuma ser mais indicada para quem têm o queixo voltado para trás. De qualquer forma, esse procedimento provoca enorme melhora na qualidade de vida, no sono e na respiração do paciente.