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Cirurgia plástica estética: riscos
Qualquer procedimento cirúrgico tem riscos, desde uma extração de dente feita no consultório do dentista até uma cirurgia cardíaca ou uma neurocirurgia – umas têm mais riscos, outras menos, o que vai depender são alguns fatores.
Um desses fatores é que na cirurgia plástica não se está tratando efetivamente uma doença. Quando a pessoa tem uma apendicite (inflamação no apêndice) ou algum problema na vesícula, como pedra na vesícula, e vai retirar a vesícula, isso está causando um dano ao corpo da paciente, então ela já tem uma injúria. No caso da cirurgia plástica estética (não a reparadora), a pessoa quer corrigir algo que está lhe incomodando, mas é um problema estético e não um problema realmente funcional.
Então, uma cirurgia plástica, teoricamente, tem menos riscos do que uma cirurgia que está tratando de uma doença que está interferindo no organismo do paciente.
Diminuindo os riscos da cirurgia
Alguns fatores ajudam o paciente a tentar diminuir de alguma forma os riscos que, apesar de pequenos, existem dentro da cirurgia plástica.
Escolha do cirurgião plástico
O primeiro item, que é o principal, é a escolha do cirurgião plástico. Se a pessoa não tiver alguém para indicar, não conhecer ninguém que realizou uma cirurgia plástica, ela pode entrar no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Se o cirurgião plástico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ele fez a formação da forma que deve ser feita: ele fez medicina, cursou 2 anos de cirurgia geral, mais 3 anos de cirurgia plástica e depois prestou uma prova para ser membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
A única sociedade que o Conselho Regional de Medicina credencia para treinar médicos a virarem cirurgiões plásticos é a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Existem algumas outras sociedades com nomes parecidos que acabam confundindo a paciente, que pode acabar procurando um profissional de outra área para fazer um procedimento de cirurgia plástica estética.
Outra forma, mais comum, de escolher o cirurgião plástico, é pedir opinião para uma amiga, ver a cirurgia de uma colega, etc. Hoje em dia também é possível ver currículos na plataforma Lattes do CNPQ. Através desses cuidados, a pessoa irá, pelo menos, encontrar um cirurgião que esteja preparado para opera-la.
Controle clínico da paciente
O segundo tópico é o controle clínico da paciente. O cirurgião irá solicitar exames pré-operatórios e terá tempo de suspender uma medicação que a paciente esteja tomando ou entrar com uma medicação para, por exemplo, corrigir uma anemia leve que a paciente tenha. A cirurgia plástica estética permite esse tempo para o controle clínico, pois não há urgência em operar. Se a paciente estiver com algum descontrole funcional, ou mesmo alguma doença que nem sabia que tinha, dá tempo do cirurgião diagnosticar e controlar para submete-la ao procedimento, diferente de uma cirurgia de urgência ou emergência em que é necessário tratar logo, ou então cirurgias em que é necessário tomar medicações antes que, às vezes, mexem um pouco com o sistema orgânico da paciente.
Centro cirúrgico adequado
A terceira e última dica é saber onde será realizado esse procedimento cirúrgico, se é um centro cirúrgico adequado, com todos os materiais e suportes adequados para realizar a cirurgia e com todos os equipamentos necessários para o conforto do cirurgião e da paciente. Deve-se verificar se o centro cirúrgico tem suporte para o caso da paciente necessitar de cuidados intensivos.
Isso tudo vai fazer com que o risco, que já é baixo, diminua mais ainda.