Cipó-de-são-joão: características
O cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta) é uma planta muito conhecida no interior, principalmente de São Paulo e Minas Gerais. É da família das bignoniáceas (a mesma do ipê, por exemplo). É uma trepadeira, com um caule que pode tanto se arrastar pelo chão, quanto subir barrancos, beiras de estrada e árvores. Ela pende sobre as árvores com grandes cachos de flores laranjas.
Toxidade do cipó-de-são-joão
O uso interno do cipó-de-são-joão (por exemplo, na forma de chás, xaropes ou tinturas), em grandes quantidades, por períodos prolongados ou em altas doses, pode causar toxidade. Algumas pesquisas demonstram que existem alguns glicosídeos presentes nessa planta que podem causar toxidade.
Em doses leves e por períodos controlados, não existem registros de pessoas que tenham passado mal com o uso do chá ou do xarope dessa planta, por exemplo.
O cipó-de-são-joão pode ser usado externamente, sem nenhum problema, pois não traz toxidade.
O cipó-de-são-joão é muito utilizado popularmente. Suas flores, por exemplo, são usadas para fazer xaropes para gripe e bronquite.
Benefícios do cipó-de-são-joão
Ação antidiarreica
É comum usar o caule e as folhas do cipó-de-são-joão como antidiarreicos. É possível fazer o chá com as folhas e o caule da planta, na medida de uma colher de sobremesa da planta bem picada para uma xícara de água, e administrar para crianças ou pessoas que estão sofrendo de uma diarreia muito forte.
Ação vermífuga
Algumas pesquisas demonstram que o cipó-de-são-joão tem certa atividade vermífuga, e a tintura (pingada em água), o chá ou o pó da planta podem ser administrados para eliminar lombrigas e outros vermes intestinais.
Tratamento da icterícia
A casca que sai do caule do cipó-de-são-joão e as raízes dele têm sido muito utilizados contra icterícia em crianças que nascem com icterícia ou pessoas que desenvolvem icterícia por conta de inflamações na vesícula, por exemplo. O caule, as folhas e a raiz do cipó-de-são-joão podem ser utilizados, na forma de chá, para fazer um banho contra a icterícia nas crianças, da mesma forma que se utiliza o picão preto.
Algumas pesquisas têm demonstrada uma atividade das flores e folhas dessa planta como anti-inflamatório de uso tópico para, por exemplo, luxações, contusões, dores articulares e dores musculares. Nesses casos, existem várias maneiras de utilizar o cipó-de-são-joão: é possível fazer um chá forte dessa planta e utilizar como compressa; amassar a planta, fazendo uma pasta, e fazer um cataplasma; ou colocar a tintura em argila e aplicar sobre a região.
Ação antinociceptiva
O chá das flores do cipó-de-são-joão demonstrou uma atividade antinociceptiva, ou seja, reduz a sensibilidade à dor. Em pessoas que sofrem, por exemplo, de artrose ou uma artrite, o chá forte dessa planta (na forma de compressas, cataplasmas, unguentos ou pomadas) pode reduzir as dores nessas regiões.
Tratamento do vitiligo
Muitas pesquisas estão demonstrando a capacidade do cipó-de-são-joão de combater o vitiligo, uma deficiência na produção de melanina – o pigmento que dá a coloração da pele. Quanto mais escura a pele, mais melanina a pessoa produz. Uma pessoa que é albina não produz melanina, então sua pele é completamente branca – o que gera muitos problemas, pois a pele fica desprotegida.
Na pessoa que tem vitiligo, normalmente formam-se manchas sem pigmentação em qualquer parte do corpo (como no rosto).
Foi demonstrado que as flores do cipó-de-são-joão têm a capacidade de estimular as células da pele a produzirem mais melanina, com resultados muito promissores no combate ao vitiligo.
É possível encontrar o cipó-de-são-joão para comprar pela internet. O ideal seria utilizar as flores da planta fresca e fazer uma pomada, unguento tintura ou óleo medicinal para utilizar sobre a pele.