Características do caraguatá
O caraguatá (Bromelia pinguin) é uma fruta nativa de boa parte do território brasileiro – se não todo o território brasileiro. O pé do caraguatá, que lembra o pé do abacaxi, é espinhento e incomoda muita gente.
A planta tem folhas cumpridas e espinhentas. As fibras das folhas dela, que são bastante resistentes, têm muitas utilidades, como a produção de bolsas e tecidos.
Os frutos dela, que aparecem de março a julho, são apreciados de várias maneiras. Eles são bem doces e podem ser consumidos cozidos ou crus (mas “amarram” um pouco a boca). É uma fruta suculenta, com um melado no seu interior, e muitas sementes pequenas.
Na medicina popular, os frutos são utilizados no preparo de chás e xaropes contra doenças respiratórias, como pneumonia, tosse, gripe e bronquite. O xarope, feito no Brasil, possui um sabor distinto e delicioso. Popularmente, o uso exagerado do caraguatá, principalmente por crianças, é considerado tóxico. Feito da maneira correta, seu uso não traz problemas e é muito eficiente.
Na linguagem indígena, quando existe uma sequência da vogal “a” em uma mesma palavra, como “caraguatá”, é um indicativo de que a planta é boa para o consumo.
O caraguatá é uma planta bem rústica, de fácil cultivo, que pode ser cultivada em praticamente todo o território brasileiro. Normalmente, ela se desenvolve melhor em solos arenosos (drenáveis), mas se dá bem em praticamente todo tipo de solo.
A planta produz bastante e forma uma touceira. Se os brotos da planta não forem sendo retirados, ela fica bem grande e pode até ser perigosa. Ela é resistente a geadas e também à seca. Ela cresce bem rápido.
Normalmente, as mudas são feitas a partir dos brotos da planta, mas também podem ser feitas de sementes.