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Calvície faz mal à saúde?
Em alguns consultórios médicos, 9 em cada 10 pacientes que buscam tratamento para calvície se queixam de baixa autoestima, que é muito perigosa para a saúde.
Saúde é muito mais que ausência de doenças, é viver bem consigo mesmo e com as pessoas ao redor, é ser feliz e ter um bom relacionamento profissional, é ter segurança para conversar com os outros e ter uma boa qualidade de vida.
Pacientes com baixa autoestima têm muitos hábitos danosos à saúde. Um artigo científico publicado em 2011 na revista Arquivos Brasileiros de Psicologia, afirma que tabagistas com baixa autoestima tendem a fumar mais para enfrentar os desafios diários.
Pacientes inseguros, com baixa autoestima, têm maior dificuldade em aderir a grandes desafios, por isso é um sacrifício para muitos obesos aderirem e cumprirem tratamentos para acabar com a obesidade – seja para instituir uma dieta mais saudável ou para realizar exercícios físicos periódicos.
Em compensação, em pacientes que fazem a cirurgia de transplante capilar, ou nos que seguem corretamente os tratamentos clínicos para a calvície, ou nos que fazem ambos, vê-se uma reversão desse quadro, muitos deles se transformam em triatletas, outros relatam melhora no casamento e na vida profissional.
Na verdade, eles não se tornaram melhores maridos ou melhores profissionais porque ficaram menos calvos, isso está relacionado ao aumento da autoestima, à nova forma que eles passam a enxergar a vida e se posicionar na sociedade.
Alguns estudos tentam mostrar a relação entre hipertensão arterial, dislipidemia e doenças cardíacas com a calvície – pelo excesso de testosterona ou então da afinidade dos receptores do couro cabeludo a esse hormônio.
Esteroides anabolizantes provocam aumento do colesterol ruim (e diminuição do bom) e maior tendência a problemas cardíacos.
Ao invés de esperar a conclusão desses estudos, é interessante fazer acompanhamento médico da pressão arterial e dos níveis de colesterol.
Doenças que resultam em perda capilar
Existem várias doenças que promovem queda de cabelo em homens e mulheres, dentre elas, o eflúvio telógeno, extremamente relacionado ao grau de ansiedade do paciente (geralmente jovens).
Assim como o homem pode ter alopecia androgenética, a mulher também, inclusive, algumas têm várias doenças associadas que favorecem a perda dos cabelos, como dermatite seborreica (caspa), eflúvio telógeno, ansiedade elevada, e alopecia androgenética.
Doenças como hipotireoidismo e anemia também podem aumentar a queda de cabelo. Pacientes pós-bariátricos podem ter maior perda capilar e por isso precisam de cuidados dermatológicos.
A alopecia areata acomete muitas crianças – principalmente as que têm um convívio psicossocial perturbado, como com pais separados ou que sofrem bullying –, provocando falhas no cabelo.
Tratamentos para a perda capilar
Há vários tratamentos para a queda de cabelo excessiva, como controlar a ansiedade, diminuir a seborreia com o uso de shampoos, além de produtos tópicos como tônicos para maximizar o crescimento dos cabelos.
O tratamento depende da causa. Com relação à alopecia androgenética, causada pelo excesso de conversão de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT) no couro cabeludo, existe a finasterida, medicação via oral ou tópica, que reduz a ação da enzima 5-alfa-redutase, diminuindo a concentração de DHT na cabeça.
A manifestação de efeitos colaterais dessa medicação ocorre com pouca frequência, a literatura médica confirma isso.