Características do bugio
O bugio (Coccoloba alnifolia) é uma pequena árvore existente na restinga de praticamente todo o Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe) e em alguns estados do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), que vegeta em condições de terrenos de areia.
Em Sergipe, é muito comum encontrar o bugio na zona de expansão da cidade, ao longo das dunas e regiões de mata de restinga.
A árvore tem 2 a 5m, e em Sergipe é chamada de “bugi”. Ela também é conhecida como “uvinha-de-restinga”, “cabuçu” ou “pau-de-estalo”. Ela pertence à família botânica das poligonáceas, uma família que tem folhas grandes – inclusive, a maior folha do mundo, que se encontra no Museu da Amazônia e tem mais de 2,20m de comprimento por 1,70m de largura, é da família das poligonáceas.
Na época da frutificação, a planta é muito procurada, principalmente pela avifauna da região, que come muito os seus frutos. É um fruto pequeno, doce, adstringente e não muito saboroso, mas consumível in natura. Ele também pode ser utilizado no preparo de doces e sucos.
O bugio é uma alternativa para paisagismo e arborização urbana, primeiro por ser extremamente rústica e muito resistente à seca, e segundo porque tem qualidades estéticas interessantes. É uma árvore indicada para pequenos passeios.
As folhas são bastante duras, como cartolina, chamadas de “folhas cartáceas”. Geralmente elas têm o ápice agudo, um pecíolo muito curto, a inflorescência é uma espiga formada pelos frutinhos que inicialmente são verdes, depois róseos, e depois ficam pretos.
A árvore pode ser utilizada em jardinagem, arborização de ruas estreitas e parques.
Essa espécie, quando encontra uma outra árvore, se transforma em uma trepadeira. A lignificação e o sistema do seu caule não são muito bons e, por isso, ela procura um apoio. Quando ela não tem onde se apoiar, acaba formando uma pequena árvore.
É uma planta pouco conhecida.