A avaliação da fertilidade pode identificar patologias silenciosas, que ao serem tratadas previamente podem evitar o desenvolvimento da infertilidade. Muitas vezes, essas patologias passam despercebidas pela mulher, e quando avaliadas podem ser convenientemente tratadas, assim como quaisquer outras complicações decorrentes delas.
Avaliação da reserva ovariana
A reserva ovariana é um conceito muito importante dentro da área de ginecologia. Trata-se da capacidade feminina em produzir óvulos, característica que é determinada geneticamente. Em função da limitação da produção de óvulos, a mulher deve ficar atenta a fim de avaliar adequadamente o nível da reserva ovariana.
Cada mulher já nasce apresentando o número de óvulos que ela irá desenvolver ao longo de toda sua vida. Portanto, a fertilidade feminina difere da masculina, uma vez que o homem produz espermatozoides a todo o momento, exibindo uma vida fértil (reprodutiva) mais longa do que a da mulher. A mulher começa a apresentar menstruações por volta dos 9, 10, 11 ou 12 anos, e a partir dos 45, 48 ou 50 anos, inicia o período da menopausa. Enquanto isso, os homens produzem espermatozoides até uma idade mais avançada. Isso possibilita a geração de filhos mesmo quando o progenitor tenha idade mais avançada.
Iniciativa da paciente para a execução da avaliação
Não é comum que o ginecologista realize uma avaliação de fertilidade, pois muitos desses profissionais estão desabituados a efetuar esse procedimento. Isso se deve às alterações relacionadas ao comportamento da mulher, pois a tendência de engravidar após os 35 anos é recente, razão pela qual muitos médicos acabaram não incorporando na sua rotina investigativa os exames destinados à avaliação da capacidade ovariana.
Portanto, é fundamental que a mulher alerte seu ginecologista caso ele não tome a iniciativa de realizar os testes necessários à avaliação ovariana.