Aparelho lingual
Diferentemente do convencional, que fica na frente, o aparelho lingual fixa-se atrás dos dentes. Este artefato começou a ser desenvolvido na década de 1970, no Japão, pelo dentista Fujita, que atendia muitos lutadores de artes marciais que, por utilizarem o aparelho por fora, corriam risco de sofrer lesões labiais em decorrência de golpes na face.
Dores relacionadas ao aparelho lingual
Um dos mitos relacionados ao aparelho lingual se refere a dores. Na verdade, ele não causa desconforto maior que o outro.
Durante a época de elaboração desse aparelho (décadas de 1970 a 1990), os bráquetes (pequenas peças que se prendem aos dentes), por serem muito espessos, invadiam o espaço da língua e provocavam incômodo superior ao do modelo convencional, mas, com a tecnologia, os aparelhos atuais possuem bráquetes menores, finos e de perfil baixo, o que eliminou o problema.
Qualquer aparelho ortodôntico exige tempo de adequação, aproximadamente cinco ou sete dias ou até a língua e os lábios se adaptarem. Durante esse período, o transtorno que ele ocasiona é o mesmo que o antigo.
Indicações para uso do aparelho lingual
Quando a tecnologia ainda não era tão evoluída, o aparelho lingual era mais restrito ao tratamento de casos mais simples, porém hoje é possível personalizar os bráquetes, para o que, basicamente, se escaneiam os dentes do paciente e se encaminham essas imagens, pelo software, para um computador, o que permite corrigir cada dente antes mesmo de se iniciar a terapêutica. Enviam-se, então, esses dados para empresas que fabricam bráquetes e fios de acordo com a necessidade de cada dente.
Desse modo, as dobras dos fios, antigamente realizadas artesanalmente pelos ortodontistas, efetuam-se por mão robótica, que, conectada a esse software, executa todas as manobras com controle, precisão e detalhamento jamais vistos nesse setor. Assim, pode-se usar esse artefato tanto em ocorrências mais simples como mais complexas.
Preço do aparelho lingual
Antes de definir se o aparelho lingual é caro, é necessário saber a prioridade de cada paciente. Para alguns, que precisam corrigir o sorriso, a utilização de bráquetes externos não causa transtorno, e o investimento é significativo. Mas outros preferem ocultar o aparelho, reparar o sorriso discretamente, talvez por estar em contato com público ou desejar trabalhar a própria imagem, etc. Nesses casos, adquirir um aparelho lingual faz mais sentido.
Na prática, o preço de um aparelho lingual é mais alto que o de um convencional, em virtude da complexidade da técnica empregada e do custo dos materiais.