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O que é
Perda localizada de cabelo pode ser manifestação da alopecia areata, condição comum que afeta cerca de 2% da população e pode impactar e muito o estado emocional de quem é acometido.
Trata-se de uma doença inflamatória que se caracteriza pela perda brusca de cabelos em áreas arredondadas, a pele fica lisa e brilhante, e os pelos ao redor da placa saem facilmente se puxados. Pode surgir uma única placa ou muitas delas, na maioria das vezes acontece somente no couro cabeludo, mas também pode ocorrer na barba, cílios, sobrancelhas, e em qualquer outra área do corpo que tenha pelos.
Em casos mais raros a doença acomete todo o couro cabeludo, é o que se chama de alopecia areata total, ou todos os pelos do corpo, chamado de alopecia areata universal.
O que causa
A alopecia areata não é contagiosa, na verdade, ela é causada por uma disfunção do sistema imunológico. O nosso corpo tem células de defesa que atuam como soldados, chamadas de linfócitos, e protegem contra o ataque de fungos, bactérias e vírus, e em quem tem alopecia areata, os linfócitos ficam desregulados e acabam identificando os folículos pilosos como ameaça para o organismo, e assim atacam a raiz do pelo, que enfraquece e cai.
Ainda não se sabe os motivos que levam à essa disfunção, mas que ela também está relacionada com eventos estressantes e traumas emocionais ou físicos, além de haver predisposição genética para ela, ou seja, quem tem parentes com a doença, tem maior chance de desenvolvê-la.
A alopecia areata pode estar associada à outras doenças autoimunes, como as da tireoide, o lúpus eritematoso, e o vitiligo.
Como evolui
A evolução da alopecia areata não é previsível, e o cabelo pode crescer novamente, mesmo nos casos de perda total, isso ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos. Entretanto, quem já teve cabelo completamente recuperado, pode ter novos episódios de queda, cada caso é único.
Tratamento
Diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia areata, medicamentos tópicos como minoxidil, corticoides e antrolina, podem ser associados a tratamentos sistêmicos, como com metotrexato. Corticoides injetáveis podem ser usados em áreas bem delimitadas do couro cabeludo ou do restante do corpo.
A opção deve ser realizada pelo dermatologista em conjunto com o paciente.
Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir as falhas, e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e geralmente precisam ser mantidos até que a enfermidade esteja controlada.
É importante evitar a automedicação, somente um dermatologista pode prescrever a opção mais adequada.