Importância do sono na hipertrofia
Sono é uma das coisas fundamentais para conseguir ganhar massa muscular e emagrecer. Alguns países e seus pesquisadores são campeões em estudos desse tipo. No Japão, por exemplo, há uma grande quantidade de trabalhos escritos não só em relação à capacidade do indivíduo de melhorar a qualidade de vida dele com o sono, mas também relacionando com efeitos na pressão arterial, efeitos na parte hormonal e efeitos no controle glicêmico.
Hoje, sabe-se que, se faltar sono, a pessoa perde massa muscular, tende a piorar o metabolismo de insulina (ou seja, a capacidade de utilização da energia que é consumida) e tende a ter uma diminuição dos hormônios.
Normalmente, diz-se que o exercício físico e o resultado são baseados em um tripé: descanso, treino e alimentação. Desses, as pessoas costumam treinar mais, comer mais, mas dormem da mesma forma.
Por exemplo, imagine a construção de um prédio que tende a ser aumentado progressivamente. Você tem 5 operários e está construindo um prédio de 2 andares. Porém, em determinado momento, você decide construir um prédio de 20 andares. Se os mesmos 5 operários forrem mantidos, essa construção vai durar eternamente.
No corpo humano, mesmo que haja o tempo adequado, essa construção não vai chegar ao fim. Isso acontece porque a massa muscular do ser humano é secretada e consumida ao longo do dia, na velocidade de 1 a 2% do total da massa magra. Em um trabalho de Stewart Philips e Rasmussen, de 2003, eles descobriram que era necessário fornecer, por exemplo, proteínas com regularidade, pois o músculo era destruído.
Imagine, então, que a construção agora é dinâmica: existe um tempo limite para chegar ao próximo patamar, do contrário o andar que já foi construído cai. Nesse sentido, os trabalhadores no corpo humano são o sono e o descanso.
Hoje, sabe-se que as pessoas que dormem menos de 6 horas por noite têm uma qualidade de vida tão ruim quanto a daquelas que dormem mais de 10. Existem pessoas que precisam de mais sono, outras que precisam de menos, mas no geral, pessoas que dormem menos de 6 hora sou mais que 10 não têm uma saúde muito bem regulada.
Alguns itens são usados para observar isso, como os hormônios (existe uma queda da testosterona) e o aumento da pressão arterial. Existe um índice que nutricionistas usam para correlacionar a qualidade da capacidade metabólica do indivíduo – a chance dele ter diabetes, por exemplo, ou o nível que ele não consegue adequar a glicose no sangue, que chama HbA1c, que é a hemoglobina glicosilada.
A hemoglobina é a uma proteína na qual gruda açúcar, como se ela caramelizasse. Quanto mais a glicemia é irregular ou quanto mais alta, mais essa hemoglobina se carameliza. Uma hemoglobina que é glicosilada perde a função dela. Levada ao extremo, essa situação acarreta em diabetes.
Existem situações em que a pessoa chega muito perto ou desenvolve diabetes por restrição de sono.
Por isso, existe uma preocupação de saúde pública com os trabalhadores que fazem turnos noturnos. Existe uma perda da qualidade de vida e uma inadequação com relação à saúde. Isso faz com que os médicos estejam sempre pensando em melhores maneiras de lidar com esse tipo de paciente para melhorar a qualidade de saúde deles.
O tempo de descanso é fundamental e necessário para o corpo se recompor. Sem o tempo adequado de sono, o corpo não conseguirá fazer uma recuperação e gerar resultados.